Antes dos mais aguardados The Strokes, coube aos The War On Drugs tocarem no palco principal, neste regresso do NOS Alive ao Passeio Marítimo de Algés. A banda americana pode não ser aquela que mais fãs atraiu ao festival neste primeiro dia, quarta-feira, 6 de julho, mas soube conquistar o público com um concerto sólido e caloroso.
Na bagagem traziam “I Don’t Live Here Anymore”, o disco lançado em 2021, mas também temas dos vários álbuns que lançaram desde “Wagonwheel Blues”, o trabalho de estreia de 2008.
Adam Granduciel e companhia souberam dar um ótimo espetáculo de pôr do sol, fazendo a transição entre o dia e a noite com uma série de canções agradáveis que animaram a plateia, que se foi preenchendo à medida que a performance decorria.
Do início ao fim, os The War On Drugs foram sempre consistentes, inevitavelmente com alguns momentos de maior fulgor em comparação com outros. O grupo natural de Filadélfia pode não fazer música de estádio, mas soube encher o maior dos palcos do NOS Alive.
Ao longo do concerto, Adam Granduciel foi agradecendo àqueles que tinham comparecido para a atuação e repetindo sucessivamente que a seguir vinham os The Strokes — num gesto de (talvez até desnecessária) humildade para com a banda de Julian Casablancas, que terá atraído a maior parte do público.
Tocaram temas como “I Don’t Wanna Wait”, “Under the Pressure”, “Strangest Thing”, “Harmonia’s Dream”, “Victim” ou “Red Eyes” — evidenciando a sua inspiração do rock americano de décadas passadas, mostrando que são herdeiros de todo esse legado.
No final, quando o público já tinha balançado e colocado os braços no ar com moderação, saíram de rompante. “Muito obrigado a todos os que vieram.” O prazer foi todo nosso, The War On Drugs.
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