Já chegou a Lisboa a exposição que vai mostrar as obras mais conhecidas do famoso Vincent Van Gogh ao público português. A experiência “Meet Vincent Van Gogh” é um projeto do Museu Van Gogh, que fica em Amesterdão, na Holanda, e está instalada no Terreiro das Missas, na zona de Belém.
Uma enorme tenda em tons amarelos foi colocada nesta zona da cidade, de frente para o rio Tejo, e que por lá vai ficar até 31 de maio (com hipótese de depois ser prolongada). A inauguração acontece na sexta-feira, 28 de fevereiro. É uma experiência que mistura arte e entretenimento, e que pretende levar as obras de Van Gogh aos fãs que não têm a possibilidade de conhecer o museu nos Países Baixos.
Dezenas de painéis luminosos com obras do artista vão contando a sua história e as diversas fases do seu percurso, dando ainda para mergulhar nas profundezas do seu pensamento, sendo que também existem várias instalações interativas que tornarão toda esta mostra mais divertida para os miúdos.
Como não obras reais — apesar de existirem muitas reproduções 3D — aqui não há problema em fotografar, ficar próximo ou simplesmente envolver-se mais do que o costume com as peças expostas. A verdade é que o grande foco não são as obras em si, mas antes o seu criador.
Vai poder circular pelas áreas de campo holandesas, pelas ruas de Paris, ou sentar-se mesmo à mesa do café Tambourin, que fica na zona boémia e artística de Montmartre, também na capital francesa, e que agora está recriado em Lisboa.
Além dos grandes painéis luminosos, é possível ver representações em tamanho real de cenários como “O Quarto” de Vincent Van Gogh, que ficou imortalizado na sua pintura. Pode até tirar fotografias sentado na sua cama, por exemplo.
Para desfrutar de toda esta experiência ao máximo o ideal é levar consigo um aparelho de audioguia, que lhe vai contar em detalhe a vida de Van Gogh enquanto o guia pela exposição. Há muitas histórias narradas com base em cartas do pintor que fazem parte da coleção do museu.
A NiT falou ainda com Willem Van Gogh, que na verdade nasceu como Vincent Willem Van Gogh, ou seja, tem o mesmo nome do seu tio bisavô, o pintor que todos conhecem. Willem é embaixador desta experiência e trabalha há muitos anos com a fundação que detém o museu e a coleção de arte de 200 pinturas.
“Quando és um miúdo não consegues perceber o que vês, mas o meu avô [sobrinho do pintor], antes de abrir o Museu Van Gogh em Amesterdão, em 1973, ele era o dono da coleção de arte. Lembro-me de ver pinturas incríveis penduradas na sala de estar. Mas desde a abertura do museu que já não há qualquer peça na família, tudo foi doado. As coisas mudam. O que é bom, porque se tiveres um Van Gogh em casa vais precisar de segurança, vais precisar de seguros”, comenta Willem Van Gogh.
E acrescenta: “Na nossa família sentimos a responsabilidade de manter a coleção intacta, de tomar conta dela para as próximas gerações, e o museu faz isso de uma forma muito boa. Estou muito contente que tenhamos feito esta experiência e que tenhamos chegado a tantas pessoas em todo o mundo. Estamos muito felizes que as pessoas possam aprender mais sobre a vida de Vincent e a sua arte.”
“Meet Vincent Van Gogh” passou por Pequim, na China, Seul, na Coreia do Sul, e Barcelona, em Espanha, e está agora disponível em Lisboa, numa parceria com a produtora portuguesa UAU, para ser visitada entre as dez e as 19 horas, durante a semana e aos domingos; sendo que à sexta-feira e ao sábado encerra uma hora mais tarde. Há ainda uma experiência extra nas Amoreiras, também em Lisboa.
Os bilhetes individuais variam entre os 9€ e os 15€, sendo que há descontos para estudantes, crianças e pessoas com mais de 65 anos — e os preços também aumentam ao sábado e domingo. Estão ainda disponíveis packs de família (para dois adultos e duas crianças), que custam 33€ ou 36€, consoante o dia da semana.
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