Teatro e exposições

Joana Vasconcelos leva nova exposição a Madrid para o rei Felipe VI ver

A artista portuguesa fez história — é a primeira artista a ter uma exposição de arte contemporânea aberta ao público no palácio.
A artista fez história.

De França aos Estados Unidos, as peças de Joana Vasconcelos já percorreram o mundo. Esta sexta-feira, 14 de fevereiro, a artista plástica portuguesa inaugurou uma nova mostra no Palácio de Liria, em Madrid. O evento de apresentação de Flamboyant contou com a presença do rei Felipe VI e de Carlos Fitz-James Stuart, duque de Alba. Vai estar exposta até 31 de julho deste ano.

As intervenções vão poder ser vistas nos jardins e salões do palácio e serão acompanhadas por algumas das coleções privadas mais importantes da história, com pelas de Velázquez, Goya, Rubens, Tiziano e Murillo. Esta é a primeira vez que Joana Vasconcelos, de 53 anos, leva as suas obras a um palácio habitado. Já esteve, porém, em espaços históricos, como o palácio de Versalhes, em 2012. Na altura, foi a primeira mulher e a artista mais jovem a exibir as suas criações no icónico palácio.

Num dos salões do Palácio de Liria estarão dois imponentes leões, chamados Vigoroso e Poderoso. Ambos foram criados em croché e fio de algodão. Na biblioteca poderá ver o grandioso lustre Carmen, que ficará suspenso no teto. No jardim o destaque é Solitário, feito com 110 jantes de automóvel e 1.450 copos de whisky em cristal.

Nas fotografias que já foram divulgadas por meios internacionais, Joana Vasconcelos surge a fazer uma visita guiada ao espaço ao lado do rei de Espanha. A artista explicou o conceito das valquírias (as enormes e populares esculturas de tecido da portuguesa) e de “Dorothy”, um sapato gigante construído com dezenas de tachos típicos de Portugal. Entre as 50 obras disponíveis, os visitantes também poderão conhecer algumas obras mais recentes, como Valkyrie Thyra e peças emblemáticas como .Marilyn.

Esta é a primeira vez que o Palácio de Liria recebe uma exposição de arte contemporânea aberta ao público — que poderão conhecer muitas das salas que nunca foram visitadas anteriormente.  “É um lugar com um profundo significado histórico e cultural, que alberga uma das coleções de arte mais distinguidas do mundo”, disse a artista Joana Vasconcelos em comunicado à “Lusa”, aqui citada pelo “Público”.

Carlos Fitz-James Stuart, o duque de Alba que ali habita, afirma que “esta exposição representa um momento transcendental para a história recente do Palácio de Liria”. “Tal como os meus antepassados, que conviveram e apoiaram os artistas mais notáveis de cada época, como duque de Alba é um dever abrir a minha casa à arte contemporânea com uma artista de referências a nível mundial.”

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