Após ter inaugurado o primeiro museu de arte contemporânea de Malta, o trabalho de Joana Vasconcelos continua a ter destaque internacional. A artista plástica vai expor um projeto inédito no Palácio de Liria, em Madrid, em fevereiro de 2025, ao lado de peças de nomes como Velázquez e Goya.
A criadora portuguesa “irá instalar no palácio algumas das suas peças mais icónicas e criações recentes”, explica a organização. Estes trabalhos estarão em diálogo com a coleção privada da Casa de Alba, que inclui obras de vários mestres espanhóis, flamengos ou italianos.
Trata-se de um projeto semelhante ao que realizou em 2012, no Palácio de Versailles, em Paris. O objetivo é que Vasconcelos, conhecida internacionalmente pelas suas esculturas e instalações monumentais, muitas vezes com caráter feminista, possa intervir nas salas e jardins do palácio, integrando a sua obra no edifício.
“Com esta intervenção, a artista ocupará não só os jardins e salões do palácio, mas também espaços que anteriormente não eram acessíveis aos visitantes, ampliando a experiência expositiva”, acrescenta a Fundação Casa de Alba sobre a iniciativa.
Estabelecida em 1973, pelos duques de Alba, a fundação tem-se dedicado à conservação e divulgação do legado artístico da família. Tem na sua posse uma coleção de arte iniciada no século XVI.
Nascida em 1971, em Paris, filha de pais portugueses, Joana Vasconcelos começou a comunicar em francês. Mudou-se para Lisboa aos três anos. Na década de 1990, a artista começou a ganhar notoriedade no meio artístico, tendo realizado a sua primeira exposição. A participação na Bienal de Veneza com a obra “A Noiva” — uma estrutura majestosa feita de tampões de higiene íntima feminina — catapultou-a para o reconhecimento internacional.