Estreou na passada quarta-feira, 16 de junho, no Teatro Meridional em Lisboa, a peça “Lisboawood”, que permanecerá em cena até 4 de julho. A peça tem texto e encenação de João Cachola e música do grupo Zarco. Aborda questões relacionadas com gentrificação, especulação e turismo em Lisboa.

A peça foi coproduzida pelo próprio teatro e pela estrutura As Crianças Loucas. Com 22 atores e músicos em palco, no site do teatro podemos ler que “Lisboawood” pretende responder a duas perguntas: “qual o papel de cada um no meio de tudo isto? Para onde vão os jovens que ingressam agora no mercado de trabalho?” Na mesma página podemos ler que a “forte afluência turística que se tem sentido nos últimos anos, a gentrificação da cidade tem-nos obrigado a mover e adaptar a um ritmo alucinante e descontrolado”.

O “Lisboawood” adianta ainda que “se, por um lado, o movimento é benéfico, por colocar Lisboa nas bocas do mundo como um paraíso na Europa (…) por outro resulta no término de negócios locais, no decréscimo do nível de qualidade de vida, no despejo dos habitantes do centro histórico e na subida exponencial do arrendamento e compra de casa”.

A peça retrata a história de uma jovem cheia de planos para o futuro na capital portuguesa, entre uma geladaria antiga, um circo errante e “uma burocracia deliciosamente terrível”. A ópera-rock de João Cachola e Zarco promete encher o Teatro Meridional numa luta por um futuro melhor.

A participar na peça temos 17 atores e cinco músicos. O cenário é de André Camaleão, Constança Villaverde Rosado e João Camil. Os figurinos são de Madalena Martins. No desenho de luz e no som do espetáculo estão Paulo Santos e Diego Salema Reis.

A peça é apresentada de quarta-feira a sábado às 20 horas. Ao domingo sobem ao palco às 18 horas. Um bilhete normal para o espetáculo custa 12€. Para aqueles que tiverem menos de 25 anos e mais de 65 o bilhete tem um custo de 8€. No dia do espectador (quarta-feira), o preço é de apenas 6€. Os bilhetes podem ser adquiridos na bilheteira online BOL.