A atriz Alina Vaz faleceu na madrugada deste domingo, 10 de novembro, aos 88 anos, numa casa de repouso em Vale de Lobo, Sintra. A informação foi confirmada por um familiar à agência Lusa, aqui citada pela SIC Notícias. A causa da morte não foi revelada.
Alina Vaz construiu uma carreira vasta e diversificada, com trabalhos em cinema, televisão e rádio. No entanto, foi no teatro que se destacou, tendo colaborado com companhias de renome como o Teatro Nacional D. Maria II e o Teatro Experimental do Porto. Este último dedicou-lhe uma homenagem em 2016, ocasião em que a atriz expressou “orgulho, sem falsa modéstia”, pelo percurso que construiu sempre com “enorme respeito pelo teatro”.
A sua estreia no teatro ocorreu em 1969 no Teatro Nacional D. Maria II, na peça “Os Comediantes”, de Peter Glenville. Seguiram-se diversas outras produções de sucesso, incluindo “O Gato”, “A Mala de Bernadette”, “A Flor do Cato”, “A Pobre Milionária” e “A Gravata”. Uma das suas peças mais memoráveis foi “A Preguiça”, onde contracenou com Raul Solnado.
Em palco, Alina Vaz partilhou o palco com nomes importantes do teatro português, como António Silva, Laura Alves, Maria Albergaria, Nicolau Breyner, Alda Pinto, Manuela de Freitas, Manuela Maria, Zita Duarte, Guida Maria, Julie Sargeant, Eva Todor e Alma Flora.
O seu talento transcendeu as fronteiras nacionais. Em 1989, participou no Festival Cervantino, no México, onde conquistou o prémio de Melhor Interpretação Feminina. No mesmo ano, nos Estados Unidos, foi distinguida como Melhor Atriz no Festival XIV Siglo de Oro.
No cinema, a atriz brilhou em filmes como “Pedido de Casamento”, “A Costureirinha da Sé”, “Sangue Toupeiro” (o primeiro filme português a cores), “A Maluquinha de Arroios”, “Uma Vida Normal” e “A Noiva”, tendo contracenado com figuras como Catarina Furtado, Diogo Morgado e Nuno Lopes.
Por fim, na televisão, participou em dezenas de séries e telenovelas, destacando-se “Enquanto os Dias Passam”, “Chuva na Areia”, “Passerelle”, “Milongo”, “Olhos de Água” e “Ajuste de Contas”.