O icónico Museu do Louvre, em Paris, encerrou esta segunda-feira, 16 de junho, devido a uma greve dos funcionários. Continuará fechado esta terça-feira, dia 17, e deverá reabrir gradualmente nos próximos dias.
Os trabalhadores decidiram avançar com uma paralisação como forma de protesto contra o turismo em massa que tem gerado excesso de público e sobrecarga de trabalho, o que, consequentemente, prejudica as condições já precárias do espaço.
Durante horas, visitantes que já tinham comprado bilhete esperaram à frente da pirâmide de vidro sem qualquer explicação oficial para o porquê de as portas estarem fechadas.
A greve começou de forma espontânea durante uma reunião de rotina, quando os funcionários de atendimento ao público, trabalhadores da bilheteira e seguranças decidiram não assumir os seus postos. Segundo o sindicato, é uma reação a condições de trabalho “insustentáveis”.
Com cerca de 30 mil visitas diárias, os colaboradores dizem enfrentar um verdadeiro “teste de resistência”, agravado pela escassez de áreas de descanso, casas de banho insuficientes e o calor intenso gerado pelo efeito estufa do edifício.
No ano passado, o museu recebeu 8,7 milhões de visitantes, mais do dobro da sua capacidade ideal. Só a sala onde está exposta a “Mona Lisa”, de Leonardo da Vinci, atrai cerca de 20 mil pessoas por dia. Enquanto isso, obras-primas vizinhas, de artistas como Ticiano e Veronese, são quase ignoradas.
Uma nota de Laurence des Cars, a presidente do Louvre, também revelou problemas graves na infraestrutura. A diretora alertou que partes do edifício não são seguras e que as alterações de temperatura ameaçam obras de arte inestimáveis.