No interior do centro cultural de Vila Nova de Foz Côa, na Guarda, centenas de flores artificiais estão dispostas em canteiros de luz numa sala escura. Trata-se do Jardim do Éden, uma experiência imersiva criada pela artista plástica Joana Vasconcelos, que foi instalada esta quinta-feira, 14 de novembro.
Cada canteiro tem três flores, todas diferentes e revestidos como uma liga que, depois, projeta a luz, com várias cores, nos discos. “Através do fluxo luminoso e dos motores síncronos, as flores artificiais dispostas em forma de labirinto produzem um efeito cinético semelhante ao produzido pela fibra ótica”, explica a artista.
Devido a esta ilusão, os visitantes ficam com a sensação de que as flores estão a mexer ou que existe a presença do vento. Trata-se, contudo, de um sistema tecnológico pensado para criar “um jardim cheio de luz”.
No escuro da instalação, é possível ouvir vários sons da natureza, que alude ao canto de dezenas de pequenos insetos, mas que é produzida pelo som mecânico das respetivas máquinas em funcionamento. O objetivo é convidar as pessoas a contemplar o que têm à sua volta.
“O percurso neste paraíso onírico expõe a artificialidade da natureza através de uma inusitada experiência ótica, unicamente possível devido à exigência da sua apresentação num espaço interior privado de luz natural”, acrescenta Vasconcelos, no seu site.
“Foz-Côa quer, de uma vez por todas, dizer que de facto no interior não tem de ser uma fatalidade e é através da cultura que nós conseguimos atrair o turismo”, explicou por sua vez o presidente da Câmara Municipal de Foz-Côa, João Paulo Sousa, à SIC.
A exposição temporária ficará em Vila Nova de Foz Côa até ao final do ano. O preçário e os horários da galeria d’Artes do Centro Cultural de Foz Côa podem ser consultados online.
