Teatro e exposições

O icónico Edifício Cruzeiro foi inaugurado como polo artístico no Estoril

Depois de anos abandonado, o espaço voltou a abrir como Academia das Artes. É o resultado de um investimento de oito milhões de euros.
Foi inaugurado no sábado, 28 de janeiro. Foto: CM Cascais

Mais de sete décadas depois da inauguração daquele que foi o primeiro centro comercial do País, o antigo Edifício Cruzeiro, no Estoril, renasceu como Academia de Artes após ter passado vários anos abandonado. A reabilitação custou cerca de oito milhões de euros. O edifício foi inaugurado como polo artístico este sábado, 28 de janeiro.

A Academia de Artes do Estoril é uma iniciativa da Câmara Municipal de Cascais, que pretende criar um local dedicado às artes performativas, tal como existe o Bairro das Artes para as artes plásticas. “Depois de anos de esquecimento, aquele que há 72 anos foi o primeiro centro comercial do País, volta agora ao esplendor que o colocou na Rota de Arquitetura do Estoril, enquanto exemplo pós-modernista”, escreveu a autarquia nas redes sociais.

O polo cultural dedicado às artes performativas vai disponibilizar aulas de teatro, música e dança. Aqui vão funcionar três escolas ligadas às artes: Escola Profissional de Teatro de Cascais, com dez salas; o Conservatório de Música e Dança de Cascais, que vai ocupar oito salas; e a Companhia de Dança Paulo Ribeiro. O objetivo é que as aulas arranques já no próximo ano letivo.

Apesar da histórica fachada desenhada pelo arquiteto Filipe Nobre de Figueiredo em 1947 ter sido mantida, o interior do icónico edifício foi totalmente remodelado. Agora, conta com um total de 18 salas de aulas, uma sala de espetáculos com capacidade para 312 pessoas, um palco com 150 metros quadrados, três camarins e uma sala de projeção.

Outras das novidades é a biblioteca, totalmente dedicada às artes performativas, “a partir da coleção doada por José de Matos Cruz, especializada em cinema”.

“Podiam ter acontecido muitas coisas aqui, mas a verdade é que o Cruzeiro está cá, reabilita a memória de gerações em torno do edifício e está cá em nome da cultura. Isto tudo combinado com a formação de públicos e de artistas para que a cultura tenha futuro e a comunidade tenha a sua memória preservada”, referiu o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, durante a inauguração.

Carregue na galeria para ver como foi a cerimónia de abertura da Academia de Artes do Estoril.

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