Arte, transformação e comunidade. Estas são as três máximas do Queer Art Lab (QAL), a marca criada em outubro de 2021 pela discoteca Trumps, no Príncipe Real, em Lisboa. O QAL surgiu para transformar o clube noturno num espaço seguro e no qual os artistas emergentes da comunidade LGBTQIA+ podem evoluir e impulsionar o seu talento.
Esta iniciativa pretende promover o trabalho de artistas queer, como também gerar círculos de partilha dentro da própria comunidade. De modo a concretizarem este intuito, o projeto organiza diversas ações, desde exposições, workshops, palestras, concertos e programas ao vivo.
A primeira intervenção artística do QAL foi em 2021. Neste caso, tratou-se de uma reforma às pistas de dança da discoteca e foi elaborada pela artista Tamara Alves. O tema trabalhado foi a “Saudade”.
O Queer Art Lab no Festival Imersão
O dia 21 de outubro vai ser especial para os organizadores do Festival Imersão — a sua primeira edição vai estrear no Teatro Ibérico, em Lisboa. Este projeto tem como principais focos artísticos o ativismo gráfico, a intervenção urbana, a videoarte, a música e as artes performativas. Destina-se a pessoas queer, mais concretamente, a artistas emergentes que façam parte dessa comunidade, e “procurem o empoderamento e autossuficiência”.
O mote do festival será “360º de Pele”, fundo sobre o qual artistas pensaram as suas criações. Este tema traz para o público, não só “aquilo que é a pele como camada de impacto, como definição de limites, como leitura, mas também como película que pode ser trespassada”. Desta forma, o Imersão convida o público a explorar algumas questões que se relacionam não só com o indivíduo, mas também com as pessoas LGBTQIA+.
O evento vai começar às 18 horas com uma visita guiada ao mural “Um corpo é um território de silêncio”, elaborado pela artista Bruna Borges, no exterior do teatro. Depois, por volta das 19 horas, abrem-se as portas do espaço e os visitantes terão acesso às exposições do Queer Art Lab. Serão também apresentados concertos e performances.
No dia 21 de outubro, destaca-se o espetáculo de Andrei Bessa — “Pra não caber no mundo” — a apresentação “Casca”, de David J. Amado, e, por fim, o concerto de Marianne 3.0. Em permanência, pode contar com três instalações de vídeo — “Rio Metal”, de Francisca Antunes; “Rave”, de S4RA; e “Cisterbus” de Rebeca Letras, mas também com a exposição — “Quantas mais pessoas trans terás que matar?”, dos artistas Agah, Carolina Elis, Félix Rodrigues e Mariana Caldeira.
O preço dos bilhetes para o Festival Imersão varia entre os 10€, se for um dia, e os 16€, se pretender ir aos dois. Para os profissionais de cultura, estão à venda bilhetes diários a 8€.
Carregue na galeria para conhecer alguns dos eventos organizados pelo QAL.