Diego Velázquez era um dos mais populares pintores da corte espanhol nos anos 1600. Na primavera de 1644, teve de acompanhar o Rei Filipe IV durante uma incursão militar pela Catalunha. Foi nessa altura que o artista fez um retrato a meio corpo do monarca que se tornaria numa das suas obras mais populares — e simultaneamente mais raras.
Criar esta peça não foi fácil, visto que teve de ser feita em muito pouco tempo. Agora, já pode ser vista no Museu Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Estará por lá até 9 de setembro.
“O pintor, a capacidade de captar a personalidade do rei e de fazer um retrato profundamente humanizado, mas simultaneamente sintético. O traje, por exemplo, é feito de pinceladas largas”, afirma António Filipe Pimentel, diretor do museu, à SIC Notícias.
A pintura chegou a Portugal por empréstimo. Foi o colecionador norte-americano Henry Frick que a facultou ao Museu Calouste Gulbenkian. “Trata-se de uma pintura adquirida pelo senhor Frick em 1911. Adquiriu-a por quase meio milhão de euros e, de acordo com o testamento, as peças não podem sair da coleção. Esta foi emprestada, porque a Frick Collection está em mudança, e, portanto, isso permitiu que a direção fizesse circular algumas obras internacionalmente, incluindo esta”, acrescenta.
A entrada no espaço custa 10€, mas o preço pode ser mais reduzido em vários casos. Os menores de 30 anos, por exemplo, têm desconto de 25 por cento. Além disso, a entrada é gratuita todos os domingos a partir das 14 horas e ainda para os menores de 12 anos, para quem tem cartão Gulbenkian Mais e para os acompanhantes de pessoas com deficiência ou mobilidade condicionada.
