Teatro e exposições

Victor Hugo Cardinali acusado de agredir e ameaçar de morte casal de trapezistas

As vítimas garantem que, na última semana, "três trabalhadores foram embora por atrasos no salário, maus-tratos, violência e falta de descanso".

Victor Hugo Cardinali está a ser acusado de ter agredido, ofendido e ameaçado de morte um casal brasileiro de trapezistas com quem estava a trabalhar na nova digressão nacional. O confronto físico ocorreu na sexta-feira, 4 de abril, tal como revelou o “Jornal de Notícias”.

As alegadas vítimas são Vitor Constant e Bárbara Freitas. Os problemas terão começado quando Vítor se recusou a realizar o trabalho de montagem do circo, para de três dias de espetáculos na Trofa, por estar lesionado. 

O artista revela que Cardinali tentou invadir a caravana do casal para expulsá-los. Decidiram, assim, ir falar com a pessoa responsável pelos seus contratos de trabalho, quando foram abordados por Cardinali que, alegadamente, se dirigiu a Bárbara de forma agressiva. O marido impediu-o e foi agredido.

“Deu-me um soco na cara. Caí, ensanguentado, e tentou chutar-me e pisar-me”, conta ao jornal. Vítor também revelou ter sido esmurrado por um primo de Cardinali quando se tentou levantar do chão. O líder da troupe pegou ainda numa pá e ameaçou matar o trapezista, conforma conta. 

Após o confronto, o casal correu até à autocaravana e não saiu de lá até à chegada da polícia. Vítor Constant acredita ter sido agredido porque precisava de fazer uma pausa no trabalho e ir ao hospital devido a dores que tinha — causadas pelos horários que, muitas vezes, chegam às 16 horas por dia.

“Enviei uma mensagem a avisar que não aguentava as dores nas mãos e cotovelos e que iria ao hospital”, explica. “Somos trapezistas, trabalhamos a 12 metros de altura, sem proteção, e as mãos têm de estar bem para atuarmos em segurança. Se não, não seríamos pagos. Recebemos por cada dia de espetáculo”, acrescenta. 

Vitor Constant e Bárbara Freitas foram despedidos da empresa, embora o contrato terminasse apenas em outubro. Este não é, porém, um caso isolado. Os artistas revelam que na última semana, “três trabalhadores foram embora por atrasos no salário, maus-tratos, violência e falta de descanso”.

Vitor Constant.

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