Televisão

A série de terror comparada pelos críticos a “Black Mirror” está a chegar à Netflix

"Red Rose" estreou na "BBC" no verão. Entra no catálogo da plataforma de streming esta quarta-feira, 15 de fevereiro.

Um grupo de jovens britânicos vê a sua vida virada do avesso por uma misteriosa e insidiosa aplicação de telemóvel. A ideia base de “Red Rose” valeu-lhe uma comparação de peso a “Black Mirror”, a igualmente britânica série de antologia com assinatura de Charlie Brooker e que mergulha em cenários de ficção onde as pessoas e sociedades de deixam moldar pela tecnologia — quase sempre com consequências trágicas.

O palco onde isto acontece, a cidade de Bolton, e o elenco composto por jovens adolescentes britânicos valeu-lhe também a designação de cruzamento de “Black Mirror” com “Derry Girls”. Com mais ou menos semelhanças com outras criações, a verdade é que a série de terror criada por Michael e Paul Clarkson foi lançada pela “BBC” no verão de 2022 e teve enorme sucesso.

De tal forma que “Red Rose” chegou a 15 de fevereiro à Netflix. Conta com oito episódios de cerca de 45 minutos. A produção ficou a cargo dos mesmos autores que desenvolveram “Sex Education“, que já provaram o seu valor em séries como “A Maldição da Mansão Bly” ou “Wheel of Time” da Amazon Prime. Outra aposta série incide no elenco de caras praticamente desconhecidas, onde despontam nomes como Amelia Clarkson, Isis Hainsworth, Natalie Blair ou Ellis Howard.

Amelia, atriz de “Metal Lords”, assume o papel da protagonista, Rochelle Mason. Ao seu lado, um grupo de adolescentes que se envolvem numa trama letal que começa e termina numa misteriosa aplicação chamada Red Rose.

Tudo se centra na doentia e obsessiva ligação que cada um dos adolescentes tem com os seus smartphones. É através deles que descobrem uma aplicação que incita os utilizadores ao prometer concretizar todos os seus mais profundos desejos — e sem se aperceberem, a aplicação toma conta das suas vidas, ao isolá-los e a levá-los cada vez mais fundo, para o meio de um mundo sobrenatural. E perigoso.

A improvável escolha de Bolton, a cidade vizinha de Manchester, tem uma explicação: é também a cidade-natal dos criadores da série. “Sempre soubemos que queríamos um dia fazer algo na nossa cidade”, revelam ao “The Guardian”. “Perguntaram-nos que ideias é que tínhamos e o Michael disse ‘algo tipo Scream ou The Ring, mas em Bolton’.”

Parte da experiência familiar dos dois irmãos está também espelhada na vida familiar das personagens, das figuras paternais ausentes, das dificuldades. “Há muito da nossa relação com a nossa mãe. Ela passou um mau bocado enquanto crescíamos e, para lidar com isso, bebia. Era um ser humano incrível mas morreu quando tínhamos 17 anos.”

Em pouco mais de seis meses, “Red Rose” conquistou os críticos. “O que torna a série mais insidiosa do que algo escrito por Charlie Brooker é que a aplicação é tanto Jekyll como Hyde”, escreve o “The Guardian”. “A série está recheada de intrigas emocionantes; tanto quanto a rapaziada de Bolton no ecrã, vai sentir-se impelido a querer descobrir o que é que está por detrás da sinistra aplicação”, nota o “The Independent”. Com uma pontuação de 100 por cento no agregador de críticas Rotten Tomatoes, a série britânica é uma das novidades a não perder.

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