Já passaram cerca de quatro anos desde que Ângelo Rodrigues esteve em coma induzido na unidade de cuidados intensivos no Hospital Garcia da Horta. A infeção provocada por um procedimento de reposição hormonal mal executado deixou-o em risco de vida. Apesar das melhorias significativas, o pesadelo ainda não acabou e as visitas ao hospital continuam.
O ator de 36 anos foi o convidado do programa “Alta Definição” que foi transmitido este sábado, 16 de setembro, na SIC. Em conversa com Daniel Oliveira, recordou o período do internamento em 2019, bem como os vários tratamentos pelos quais já passou.
“Há a possibilidade de ter de fazer outra cirurgia, mas será por uma questão mais estética”, revela. Ao todo, já foi submetido a 12 intervenções cirúrgicas. Apesar da possibilidade de voltar a ser operado, diz, atualmente, a perna afetada pelo procedimento encontra-se “completamente funcional”.
“A cicatriz que eu tenho tem uma extensão de 90 centímetros, que é praticamente metade do meu corpo. Como o meu corpo foi aberto de uma vez só, há zonas em que existem algumas depressões, estão meio irregulares”, acrescenta. “Estas operações todas que vim fazendo após o internamento, foram para tratar várias partes da perna.”
Mais uma anestesia geral, perda de peso e um período de dois meses em casa. É desta forma que o ator resume os últimos anos, a cada nova operação. A sua vida tem sido “uma montanha-russa” que exige “um processo de reconstituição” da sua autoestima.
E, mesmo que os primeiros tempos pós-internamento tenham sido difíceis, conclui: “A cicatriz tem o estranho poder de me lembrar que o meu passado é real. Tenho mesmo orgulho dela. Gosto mesmo da marca com que fiquei depois do acidente. Lembra-me todos os episódios que passei.”
Apesar das idas regulares ao hospital, o ator não deixa o trabalho para trás e fez parte do elenco principal da série brasileira da Netflix “Olhar Indiscreto”. Ângelo Rodrigues é também um dos protagonistas da novela “Papel Principal”, da SIC, com estreia marcada para 25 de setembro.
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