Tal como nas primeiras temporadas, os próximos “Morangos com Açúcar” voltam ao Colégio da Barra. As filmagens de uma das séries mais esperada do ano já decorrem a velocidade de cruzeiro e a NiT foi assistir à gravação de algumas das cenas que decorrem no colégio (ou melhor, na Escola Secundária Sebastião e Silva, em Oeiras).
Atores como Rita Pereira, Sara Barradas, Pedro Teixeira ou Tiago Castro regressam aos papéis que desempenharam em temporadas anteriores, acompanhados por muitos outros que se participam na série portuguesa pela primeira vez.
É o caso de Vicente Gil, o ator de 22 anos que protagonizará o projeto criado em colaboração entre a TVI e a Prime Video, da Amazon. Não é novato na indústria, tendo já participado noutros fenómenos nacionais, nomeadamente “Glória”, a primeira série portuguesa da Netflix. Vicente está-se a formar em teatro na Escola Superior de Teatro e Cinema, na Amadora. Já sobe aos palcos desde 2012.
Miguel Navarro, assim se chama a sua personagem, pratica surf e irá estar envolvido num dos triângulos amorosos dos “Morangos com Açúcar”. A NiT esteve no set de gravações com outros órgãos de comunicação social, onde Vicente Gil respondeu a algumas perguntas dos jornalistas. Antes de gravar as suas cenas, o ator desvendou alguns detalhes sobre a sua personagem e a pressão adicional que a série poderá colocar na sua carreira.
Como se sentiu quando soube que ia ser um dos protagonistas?
É muito bom, é sempre um privilégio como ator poder protagonizar qualquer projeto que seja, é muito desafiante e há outra relação com o trabalho, com o domínio na narrativa. Nesta narrativa em específico é muito fixe.
É apenas mais um papel ou considera-o mais especial?
Tento sempre ser pragmático relativamente ao que faço. Tento manter a cabeça fresca, pensar que é só mais um trabalho. Mas aqui há outra coisa, que é ser o protagonista de um projeto de ficção com este tamanho. Isso tem algum peso.
Como é estar envolvido num triângulo amoroso e ser disputado pela Madalena e pela Margarida?
O Miguel é disputado, eu não[risos]. É muito fixe porque são duas grandes colegas e atrizes. Sinto-me muito feliz por estar a partilhar este trabalho com elas. Acho que funciona bem na câmara. É sempre uma diversão.
O Vicente é natural do Porto. Está a viver sozinho em Lisboa? Como foi a mudança?
Foi simples, foi só seguir a onda. Quem é do Porto percebe que o Porto é superior a Lisboa, sem querer ofender alguém [risos]. Mas está a ser ótimo. Adoro esta cidade. Custou-me deixar os meus pais para trás, mas faz parte. Tinha vindo para estudar e vivia numa residência universitária, mas agora estou numa casa minha.
Sente o peso da responsabilidade de ser protagonista de uma série que teve tanto sucesso ao longo dos anos?
Esqueço-me que sou protagonista, juro. Não gosto de criar uma separação entre os meus colegas e a equipa. Um ator é um ator. Ponto final, parágrafo. Quer seja principal ou secundário. Quando essa questão me vem à cabeça, sinto um peso grande, porque é uma responsabilidade enorme. Estamos a reanimar um projeto que é muito importante no nosso País, essencialmente entre uma camada muito jovem, que agora não é tão jovem. Ainda assim, afeta pessoas mais novas do que eu. Há beleza em saber que agora faço parte de algo que define a cultura portuguesa.
Que relação tinha com a série?
Tinha uma relação como a de qualquer jovem português, porque este foi dos únicos grandes projetos juvenis da nossa televisão. Qualquer pessoa teve uma relação com os “Morangos”, independentemente da temporada ou das personagens que acompanharam.
Todos os protagonistas tornaram-se sex-symbols. O Lourenço, Pedro, Isaac. Está preparado para isso?
É verdade. São uns grandes galãs, mas nunca desejei isso. Nunca desejei fama. Gosto de ser ator, ponto. Gosto de fazer cinema, televisão e teatro, mas sei que a exposição faz parte da nossa área. Não há nada que possa fazer em relação a isso. Espero ser sempre o mais simples possível e o mais correto.
A sua personagem faz surf. Já tinha praticado?
Não. Pensei que ia sentir um medo tremendo e que ia odiar, mas adorei. Agora percebo qual é a onda dos surfistas. O mesmo com o padel. Nunca tinha jogado, só tinha pegado numa raquete uma vez ou outra, mas agora acho fascinante.
Quanto à personagem, o que pode relevar?
O Miguel é do Simão Navarro. É surfista e pretende levar isso adiante na vida dele. Quer fazer ser surfista profissional. A vida que deseja é a do surf. Isso é muito interessante. Tem um espírito livre, vive o dia a dia de uma forma muito própria e o pai entra em desacordo, o que faz parte. Vamos ver o que surge daí.
