A presença de Ray Liotta é um acontecimento por si só. Depois da morte inesperada do ator a 26 de maio, a estreia de “Black Bird” transformou-se na derradeira oportunidade de ver Liotta numa série de televisão — embora tenha ainda cinco filmes já gravados.
Contudo, há mais motivos para espreitar a nova produção da Apple TV+, que tem feito furor em 2002, sobretudo com o sucesso da sua “Severance”. Neste thriller inspirado em factos verídicos, Liotta é Big Jim Keene, um papel desenhado à medida para si pelo autor Dennis Lehane.
Se o nome de Lehane não faz soar o alarme, nós recordamos. É o autor de histórias que foram adaptadas ao cinema com um sucesso tremendo: “Mystic River”, “Gone Baby Gone” ou “Shutter Island”. No caso de “Black Bird”, Lehane adaptou uma história real contada por James Keen na sua autobiografia lançada em 2010, “In With The Devil: A Fallen Hero, A Serial Killer, and A Dangerous Bargain for Redemption”.
Liotta, ou Big Jim Keene, é o pai de Jimmy Keene, interpretado por Taron Egerton, o homem que brilhou como Elton John em “Rocketman”. Filho de um polícia condecorado, Jimmy acaba por cometer um crime e é condenado a 10 anos de prisão.
Quando parecia que nada o conseguiria livrar da cadeia, o procurador dá-lhe uma saída. Se Jimmy ajudar a polícia a arrancar uma confissão de um assassino em série já detido, poderá sair em liberdade. A tarefa é ainda mais difícil do que parece à partida.
Jimmy terá que ser transferido para uma prisão de máxima segurança onde estão os mais perigosos e dementes assassinos. Lá dentro, vai ter que travar amizade com Larry Hall (Paul Walker Hauser), o suspeito de vários assassinatos, mas que se recusa a confessar ou a divulgar onde escondeu os corpos. E terá que fazer tudo isto sem que alguém suspeite que está a colaborar com a polícia, o que num local destes equivale a uma sentença de morte.
“Black Bird” tem um total de seis episódios, dois deles ficam disponíveis já na data de estreia, sexta-feira, 8 de julho, na Apple TV+. O elenco conta ainda com Greg Kinnear e Sepideh Moafi.
Na realidade, Jimmy Keene viveu para contar a sua história em livro. Os acontecimentos remontam a 1995, data em que Hall foi detido e condenado a prisão perpétua pela morte de uma jovem. Inicialmente, Keene recusou a proposta do procurador, mas acabou por mudar de ideias depois de o seu pai sofrer um AVC.
O resto? Não podemos revelar sob pena de estragarmos o mistério com spoilers. Sabemos apenas que Keene viveu o suficiente para contar a sua história de vida em livro.
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