Na maioria das séries, ver um protagonista morrer seria sempre um choque. Já em “Yellowjackets”, a surpresa seria isso não acontecer. Em apenas duas temporadas já houve assassinatos, canibalismo e muitas mortes macabras. O terceiro volume estreou este sábado, 15 de fevereiro, na Max e promete ser ainda mais chocante.
“Esta é a temporada mais entusiasmante de sempre. É inteligente, chocante e há mortes”, disse Christina Ricci, uma das atrizes, ao “TV Insider”. A obra estreou em 2021 e, desde então, recebeu dez nomeações aos Emmys e uma aos Globos de Ouro.
A série, descrita como uma mistura entre “Lost” e “O Senhor das Moscas”, tornou-se num dos maiores sucessos da HBO. A narrativa passa-se entre 1996 e a atualidade. Acompanha as Yellowjackets, uma das melhores equipas de futebol feminino do ensino secundário, originárias do estado de Nova Jérsia.
Quando estão a caminho de um jogo do campeonato nacional em Seattle, o avião onde viajam despenha-se algures numa zona remota e rural de Ontário, no Canadá. As jovens ficam retidas durante 19 longos meses, até serem resgatadas — esta é a linha temporal de 1996.
As disputas normais entre adolescentes transformam-se numa luta pela sobrevivência e por um estilo de vida selvagem. A competitividade natural entre colegas torna-se louca, com atos de guerra, rituais animalescos, magia negra e canibalismo à mistura.
O último episódio da segunda temporada, que foi lançada há cerca de um ano e meio, acabou com dois acontecimentos importantes. Na linha temporal do passado, a cabana na floresta onde as adolescentes viviam ardeu. No presente, uma das sobreviventes teve uma morte trágica.
Gravar os novos capítulos foi uma experiência mais difícil porque havia menos uma atriz no elenco. “Ela é maravilhosa, genuína e muito divertida. Passámos horas miseráveis no frio enquanto gravávamos. É uma pena que a personagem dela tenha morrido, mas faz sentido”, disse Ricci, de 45 anos.
Tal como acontecia em “Lost”, ao longo das temporadas a série da HBO respondeu a algumas perguntas, mas deixou ainda mais sem resposta. No terceiro voluma, “duas das grandes questões vão ser finalmente respondidas”, garante Ashley Lyle, cocriadora, à “Vanity Fair”. “É agora que vamos começar a juntar todas as peças do puzzle. Esse sempre foi o plano e nesta temporada temos alguns elementos que foram pensadas desde o início.”
Desde o início que “Yellowjackets” se tornou num fenómeno entre os críticos — a primeira temporada tem uma avaliação de 100 por cento no Rotten Tomatoes e a segunda tem 94 por cento. O segundo volume, porém, foi mais polarizador. Os fãs, por exemplo, não adoraram — e o elenco também não teve a melhor experiência.
A série tinha acabado de ser nomeada para os Emmys quando arrancaram as gravações e o elenco queria superar o que tinha feito anteriormente. Esta foi, para Ashley, a receita para o desastre. “Elas estavam muito nervosas em superar as expectativas e só pensavam nisso.”
Durante as filmagens da nova temporada, isso não aconteceu. “Voltámos às raízes e deixámos de trabalhar para os prémios, mas sim pela paixão que temos pela série. Se estivermos sempre a ouvir o feedback, enlouquecemos — embora as opiniões sejam importantes para melhorarmos.”
Naturalmente, aguardam-se muitos plot twists nos próximos capítulos, mas a história ainda está a ser mantida em segredo. Uma coisa, contudo, é garantida: não vão ser devorados olhos, uma decisão que a equipa tomou na primeira temporada, quando as Yellowjackets comeram o corpo de Jackie, interpretada por Ella Purnell.
O elenco da linha temporal passada conta com nomes como Jasmin Savoy Brown, Sophie Nélisse, Sophie Thatcher e Courtney Eaton. Já o elenco adulto inclui Melanie Lynskey, Christina Ricci, Tawny Cypress, Simone Kessell e Lauren Ambrose.
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