Céline Dion era a presença mais esperada na cerimónia de abertura da edição deste ano dos Jogos Olímpicos. A cantora, de 56 anos, apareceu, no final, como a surpresa mais aguardada da noite. Decorridos cinco anos, regressou aos palcos, no primeiro andar da Torre Eiffel, onde interpretou “L’Hymne à l’amour”, de Édith Piaf, esta sexta-feira, 26 de julho, em Paris.
A artista retirou-se do mundo da música há um ano e meio, depois do diagnóstico de Síndrome de Pessoa Rígida, uma doença rara que afeta o sistema nervoso e a mobilidade. Surgiu visivelmente melhor, embora sem grandes movimentos, ao lado de um piano encharcado. Esta não foi a primeira vez que Céline Dion atuou numa cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de verão — já o tinha feito na edição de 1996, em Atlanta, nos EUA.
Atlanta 1996 Paris 2024
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Céline Dionpic.twitter.com/PHnt4JOUUd— The Olympic Games (@Olympics) July 26, 2024
Com início pelas 18h30, a primeira performance foi entregue a Lady Gaga que interpretou a canção “Mon truc en plumes” de Zizi Jeanmaire. Num cenário cheio de plumas, apresentou-se junto de bailarinos, e infelizmente sem a companhia de Céline Dion. Rumores apontavam que ambas iriam atuar juntas e interpretar “La Vie En Rose”.
Seguiu-se uma performance artística com 80 bailarinas do Moulin Rouge, com uma dança icónica da década de 20, o cancan, numa temática também em tons rosados.
A partir daí as comitivas começaram a desfilar no Rio Sena, desde a Ponte de Austerlitz até à Torre Eiffel. Enquanto isso, a tocha olímpica, era transportada via virtual, pelos pontos mais emblemáticos da cidade, com um cavaleiro enigmático, vestido com um traje histórico.
Outro momento musical contou com o lírico, pela voz de Marina Viotti, conjugado com death metal da banda Gojira. O momento foi alusivo à época da revolução, onde se ouviu “Ah ça ira” e “Carmen”, com Orquestra de Paris.
Ouviu-se o hino francês “A Marselha”, cerca das 20 horas, cantado por Axelle Saint-Cirel, no topo do Grand Palais. Apareceu vestindo as cores da bandeira.
Antes da chegada da comitiva portuguesa, houve um momento musical dedicado ao rap. Rim’K cantou “King”.
Passadas quase duas horas do início da sessão, pelas 20h30, a comitiva portuguesa apareceu, no 60.º lugar. Ana Cabecinha e Fernando Pimenta foram os porta-estandartes que representavam outros 20 atletas nacionais. O mesmo barco transportava a comitiva do Qatar e da Coreia do Norte.
O desfile pelo rio Sena encerrou com a comitiva francesa enquanto tocava “The Final Countdown” e “Freed from Desire”. A ocasião ficou marcada com a performance de drag queens, incluindo Niki Doll.
Com a chuva a acompanhar a sessão solene, surgiu um cavalo metalizado em prata, com outro cavaleiro de bandeira com as insígnias às costas. No fim, subiu ao palco no Trocadéro.
A tocha acabou a ser entregue a Zinédine Zidane, atual treinador francês, no Jardim das Tulherias. O símbolo foi passado ao tenista Rafael Nadal que seguiu num barco com 20 medalhas olímpicas. Atracado junto ao Museu do Louvre, a chama passou por Amélie Mauresmo e Tony Parker.
A chama olímpica foi acesa pelos atletas franceses Teddy Rinner— judoca bicampeão que irá competir este ano e Marie- José Pérec. No fim, subiu ao mesmo jardim onde irá ficar a sobrevoar acesa até 11 de agosto.
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