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Ele já partilhou o palco com Nininho Vaz Maia. Agora brilha no “The Voice Portugal”

Diogo Videira surpreendeu os jurados com a interpretação de “Tennessee Whiskey”, de Chris Stapleton.
Foto: Shine Iberia Portugal

Quando recebeu uma chamada a informá-lo de que tinha sido selecionado para os castings do programa “The Voice Portugal”, Diogo Videira foi apanhado completamente desprevenido. Nunca tinha preenchido qualquer folha de inscrição. “As pessoas diziam-me que devia participar, mas nunca senti essa necessidade. A minha namorada fez-me uma surpresa e inscreveu-me”, conta à NiT o concorrente que acabou por fazer sucesso no programa deste domingo, 10 de novembro.

Em palco, interpretou “Tennessee Whiskey” de Chris Stapleton, uma escolha que convenceu três dos quatro jurados, que viraram a cadeira e o quiseram para a sua equipa. “Escolhi a canção porque acho que encaixa na perfeição com a minha voz. Gosto de explorar tons graves, agudos e melismas, que são os meus pontos fortes.”

A paixão pela música começou cedo, influenciado pela carreira do pai como baterista. “Sempre estive rodeado de vários estilos musicais e, à medida que fui crescendo, comecei a frequentar concertos, o que me tornou mais versátil.”

Aos 21 anos, o jovem de Coimbra atuava regularmente em bares e restaurantes da região e, há cerca de um ano, começou a publicar versões de temas de outros artistas nas redes sociais. Quando decidiu fazer “A Nossa Vez” de Nininho Vaz Maia, percebeu que teve um alcance fora do normal.

“O Nininho viu o vídeo e entrou em contacto comigo. Convidou-me para cantar com ele no concerto da Queima das Fitas de Coimbra.” E, a 25 de maio, Diogo lá subiu ao palco e cantou “E Agora” com o cantor e agora jurado. “Estava rouco de tanto gritar, mas só de ver aquela gente toda e estar ao lado dele foi incrível.”

Diogo sempre acompanhou o “The Voice”, a versão portuguesa e as internacionais. “Pensava que gostava de viver aquilo, mas nunca surgiu a oportunidade”, confessa.

O nervosismo era grande antes de subir ao palco, agravado pelo facto de a equipa de Nininho ter fechado antes de ele se apresentar. “Fiquei triste, mas pensei: ‘Vou virar outra pessoa’.” Quando começou a cantar, acalmou-se, e o desempenho correu melhor do que esperava.

“Eu sou muito crítico e acho que podia ter feito melhor, mas fui muito bem recebido pelo público e acho que os mentores gostaram.” Sónia Tavares, Sara Correia e Fernando Daniel viraram as cadeiras. A escolha por Fernando Daniel deveu-se à admiração pelo seu trabalho: “Há alguns anos eu era obcecado pelo talento dele, e trabalhar com ele está a ser incrível”.

Atualmente, Diogo está a concluir o Mestrado em Estudos Artísticos na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, mas o seu grande objetivo é seguir uma carreira musical. “Estou a estudar porque sei que é importante, mas estou disposto a enfrentar muitos ‘nãos’.”

Participar no “The Voice” é, para ele, o concretizar de um sonho. “Quero chegar o mais longe possível, fazer amizades e conhecer a produção. Tenho muito interesse em perceber como se faz um programa destes. Além disso, já estou a ganhar visibilidade e, quando o percurso acabar, quero lançar a minha música e, um dia, quem sabe, ser um dos mentores.”

 

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