A ilha da Madeira foi o destino escolhido pela Lucasfilm para filmar parte da nova série de “Star Wars”, “A Acólita”, que estreia a 5 de junho na plataforma de streaming Disney+. A equipa confessa ter ficado fascinada com este “lugar mágico”, segundo Damian Anderson, responsável pela escolha da região portuguesa para a produção.
“A Madeira é um lugar incrível em muitos aspetos, não apenas para locais [de filmagens]. As pessoas, o ambiente, a ilha, é espetacular”, elogiou o produtor. Protagonizada por Amanda Stenger, Carrie-Anne Moss, Dafne Keen e Lee Jung-jae, a série produzida em Londres recua cerca de 100 anos antes dos eventos do Episódio I ‒ “A Ameaça Fantasma”, entre a era da Alta República e a trilogia de prequelas.
Isso significa que os novos episódios vão mostrar cenários e mundos nunca vistos na saga — e a ilha portuguesa foi perfeita por isso mesmo. “Percebemos rapidamente que a Madeira era o único local que nos oferecia a maioria dos locais que precisávamos de encontrar, numa única ilha”, explicou Anderson à Agência Lusa, citado pelo “Público”.
Além de oferecer ambientes que nunca tinham visto antes, deu-lhes a oportunidade de “expandir a criatividade para novos mundos”. “É algo que a audiência não experimentou antes, por causa do período em que se passa e por nos terem dado ferramentas para explorar algo novo e que outros produtores e séries da Lucasfilm não tiveram”, reforçou o produtor.
Por ser uma história inovadora, com mundos completamente diferentes, a equipa precisava de um local que nunca tinha sido cenário de uma grande produção. “Essa foi outra razão que tornou a Madeira tão atrativa, porque nos deu locais que as pessoas nunca tinham visto para pôr no ecrã”.
Apesar de ter sido um desafio, o produtor referiu ainda a colaboração do governo regional, da Portugal Film Commission e das estruturas locais, que foram “absolutamente fantásticos”. “Tivemos imenso apoio de toda a gente nesse equilíbrio. Daria garantias sobre a Madeira a qualquer momento, foi honestamente um paraíso”.
As filmagens foram feitas em locais como o Fanal, a Ribeira da Janela e o Caniçal. Até mesmo o clima imprevisível da ilha ajudou nas gravações e contribuiu para a forma como contaram a história de “A Acólita”
“Permitidos à narrativa abraçar essas possíveis mudanças. Tínhamos dias incríveis, acordávamos no dia seguinte com o céu todo nublado e depois as nuvens desapareciam”, descreveu. Mais do que o cenário em si, o próprio estado do tempo foi integrado na história. “Deu-nos a capacidade de nos adaptarmos com a natureza em vez de ter a natureza a adaptar-se a nós”, diz.
A ilha foi palco de um quarto das filmagens e os cenários serão espalhados ao longo dos oito episódios, mas não representam apenas um planeta específico. O mar também dá a ideia do quão remotos são os sítios onde a ação decorre.
Os acontecimentos de “The Acolyte” têm lugar nos dias finais da era da Alta República, cerca de 100 anos antes do início da Saga Skywalker, isto é, anos antes de “Star Wars: Episódio I — A Ameaça Fantasma”, de 1999.
“Uma investigação sobre uma onda de crimes chocante coloca um respeitado Jedi (Lee) contra um guerreiro perigoso de seu passado (Stenberg). À medida que mais pistas surgem, eles viajam por um caminho sombrio onde forças sinistras revelam que nem tudo é o que parece”, pode ler-se na sinopse.
Os protagonistas são Amandla Stenberg, Lee Jung-jae, mas no elenco conta ainda com nomes como Manny Jacinto, Dafne Keen e Charlie Barnett. Jodie Turner-Smith, Rebecca Henderson, Dean-Charles Chapman, Joonas Suotamo e Carrie-Anne Moss. A nova série deverá estar mais focada nos Sith e no Lado Negro da Força.
A série foi idealizada por Leslye Headland, que a descreveu de forma curiosa, como um cruzamento entre “Frozen” e “Kill Bill”. A criadora acumula os cargos de showrunner e produtora executiva, este último juntamente com Kathleen Kennedy, Simon Emanuel, Jeff F. King e Jason Micallef. Rayne Roberts e Damian Anderson são os produtores da série.
“Se ‘Star Wars’ é sobre os desfavorecidos contra a instituição, [em The Acolyte] os Jedi são a instituição”, disse Headland numa entrevista ao site “StarWars.com”. “Não é preciso saber muito para entrar na história.”
