O papel de Christian Grey deveria ter ficado nas mãos de Charlie Hunnam, o durão que brilhou em “Sons of Anarchy”. Acontece que Hunnam desistiu em cima da hora e os produtores foram forçados a encontrar uma solução de recurso. É aqui que a história de Jamie Dornan se cruza com “As 50 Sombras de Grey”.
Hoje, oito anos depois da estreia do primeiro filme que adaptou a obra de E.L. James ao cinema, o ator de 41 anos falou a 14 de agosto sobre a escolha em entrevista ao podcast “Happy Sad Confused”. Segundo o próprio, quando o convite chegou, sentiu necessidade de “pedir aconselhamento” aos amigos mais chegados e também a alguns colegas.
“Esteve longe de ser um ‘sim’ instantâneo. Muito longe”, confessa. “Teve que ser muito bem conversado. Procurei o conselho de amigos, da família, de muitos atores.”
Hunnam desistiu do papel a cinco semanas do arranque da produção, altura em que Dornan embarcou no projeto. A saída de Hunnam foi, aliás, uma espécie de “pequeno alívio” para Dornan, que perdeu o papel no casting original.
“[O Hunnam] ia ser completamente destruído”, nota. “Talvez ele tenha sentido isso… e de repente ali estou eu, com muito menos tempo para tomar uma decisão.”
“Eu sabia que o filme trazia consigo imensa bagagem. Mas a realidade é que o filme iria fazer imenso dinheiro, os fãs iriam adorar e os críticos iriam odiar”, conta. “Foi o que aconteceu com os livros e era precisamente isso que íamos fazer. Queríamos manter-nos fiéis aos livros e sabíamos o que é que isso poderia provocar.”