NiTletter
Cultura
NEW iN ROCKWATTLET'S ROCK

Televisão

Fibrilhação auricular: Cláudio Ramos vai ser operado outra vez ao coração

"A doença aumenta a probabilidade de alguns problemas. O AVC, por exemplo, cinco vezes mais", revelou o apresentador da TVI.

Cláudio Ramos esteve afastado da TVI durante a semana passada para fazer uma cardioversão. Agora, o apresentador vai ter de ser submetido a uma cirurgia ao coração devido à fibrilhação auricular, um problema que o afeta há vários anos.

A fibrilhação auricular é uma arritmia cardíaca, ou seja, uma alteração do ritmo normal do coração. Caracteriza-se por batimentos irregulares e, frequentemente, acelerados das aurículas (as câmaras superiores do coração), que perdem a sua capacidade de contrair de forma coordenada. Em vez de baterem ritmicamente, as aurículas fibrilam, isto é, tremem de forma desorganizada, o que pode comprometer o funcionamento eficaz do órgão.

Esta condição é mais comum entre pessoas com mais de 65 anos, mas não é exclusiva a esta faixa etária. Cláudio Ramos, por exemplo, tem 52. Isso significa que pode, de facto, ocorrer em pessoas mais jovens se existirem fatores de risco associados, como a hipertensão arterial, doenças de válvulas cardíacas, insuficiência cardíaca e doença coronária. Outras causas incluem o consumo excessivo de álcool, doenças da tiroide, infeções, cirurgia cardíaca prévia e até stress físico ou emocional intenso.

Nem todos os pacientes que tenham este problema apresentam sintomas, mas quando esses existem podem incluir palpitações, fadiga, falta de ar, tonturas, sensação de fraqueza ou dor no peito.

Um dos maiores riscos associados à fibrilhação auricular é a formação de coágulos sanguíneos nas aurículas, especialmente na esquerda. Devido à contração ineficaz, o sangue pode estagnar e formar coágulos que, depois, se deslocam para outras partes do corpo — nomeadamente o cérebro, o que leva a acidentes vasculares cerebrais (AVC).

“Aumenta a probabilidade de alguns problemas. O AVC, por exemplo, cinco vezes mais. Há indicações para tomar anticoagulante. Mas só reduz em 70 por cento o risco, não elimina”, disse o apresentador no programa “Dois às 10”.

Para evitar problemas mais drásticos, Cláudio Ramos vai ser sujeito a uma abalação por catéter, uma operação que consiste na utilização de um tubo que, na zona do coração, identifica e elimina o tecido que está a causar o ritmo irregular do órgão.

“Depois de nove anos, só tive três episódios de fibrilhação. Dois converteram com medicação, mas este não converteu. Vou fazer outra ablação, lá mais para a frente, depois das férias”, acrescentou no mesmo formato da TVI.

ARTIGOS RECOMENDADOS