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Isabela Merced, a nova estrela de “The Last of Us”: “Tive uma química natural com a Bella”

A atriz falou com a NiT sobre o papel de Dina, o interesse amoroso de Ellie. A série estreou esta segunda-feira, 14 de abril, na Max.
Vai ter um papel importante na segunda temporada.

Uma “presença incrível”. “Carisma puro”, dizem os críticos perante a performance da nova atriz de “The Last of Us”, cuja segunda temporada estreou esta segunda-feira, 14 de abril, na Max em Portugal. Depois da revelação de Bella Ramsay, Isabela Merced parece ser a nova grande estrela da produção.

Este pode ser o maior papel até agora, mas não é, de todo, uma estreia na carreira que começou em 2013 com a comédia “The House That Jack Built”. Seis anos mais tarde, a norte-americana de 23 anos, natural do estado de Ohio, protagonizou o live-action de “Dora: A Exploradora” no cinema — o seu primeiro grande trabalho.

Seguiram-se projetos como “Turtles All The Way Down”, “Alien: Romulus”, “Madame Web” e, agora, “The Last of Us”. A narrativa da nova temporada arranca cinco anos após os acontecimentos da primeira temporada, numa altura em que Joel (Pedro Pascal) e Ellie (Bella Ramsey) têm de lidar com um conflito entre si enquanto tentam sobreviver aos perigos mortais do mundo à sua volta. Durante a jornada, encontram Dina (Merced), que acaba por se tornar no interesse amoroso da protagonista.

Inicialmente, a nova personagem parece ser apenas o alívio cómico de uma série marcada pelo drama, mas com o decorrer dos episódios prova que é muito mais do que isso. “Ela tem a sua própria história a percorrer. Estou entusiasmada para verem esta humana multidimensional que criei”, explica a atriz à NiT.

Um dos pontos mais importantes da história será o romance que desenvolve com Ellie. A química entre as atrizes foi natural e surgiu logo quando as câmaras começaram a gravar. “Antes pensava que era possível construir a química, mas agora sei que não é verdade. Existe ou não existe”, acrescenta.

O que também sentiu quando começou a gravar foi fascínio, tanto pelos atores como pelos cenários que a mergulharam no ambiente dos populares videojogos. “A cidade de Jackson estava enorme. Nem sei como é que conseguiram fazer isso”, acrescenta a norte-americana que já participou em “Madame Web” e “Alien: Romulus”.

Além de Pedro Pascal, Bella Ramsey e Isabela Merced, a segunda temporada conta com nomes como Kaitlyn Dever, Gabriel Luna, Young Mazino, Jeffrey Wright e Catherine O’Hara. No total, vai ter sete episódios — menos dois do que a temporada anterior.

Leia agora a entrevista da NiT a Isabela Merced.

Tem algum momento favorito das gravações desta temporada de “The Last of Us”?
Lembro-me de ter havido muitos jogos de hóquei naquela altura, especialmente na reta final quando os Canucks jogaram contra os Oilers. Muitos membros da equipa estavam completamente investidos nos jogos,  iam para as gravações com camisolas das equipas e faziam apostas. Depois de pedir muito, consegui que pusessem uma televisão no set e levei o meu próprio hot spot de wi-fi para vermos os jogos. Entre as cenas intensas e pesadas da temporada, estávamos a correr como crianças e a apoiar as nossas equipas favoritas. Foi um bom equilíbrio entre diversão e trabalho. Isso também ajudou a trazer uma certe leveza para as gravações. Gostei de ter sido uma parte essencial destes momentos.

Sendo fã da série, ficou surpreendida com algum aspeto das gravações?
A parte mais entusiasmante de todo o processo foi entrar no set e sentir que estava dentro de um videojogo. A cidade de Jackson estava enorme e nem sei como é que eles fizeram isso. Estava muito semelhante aos jogos. No primeiro episódio também tenho um momento de dança na Passagem de Ano e lembro-me que isso foi fantástico. E depois, num dos episódios mais a meio da temporada, a Ellie cantou para a Dina e há flores e plantas a invadir a loja de música. Esse cenário estava muito bonito e é uma cena impactante.

Como é que se preparou para o papel? Teve a oportunidade de experimentar os videojogos que inspiraram a série?
Lembro-me de ter recebido um pedido misterioso para me encontrar com o Craig e com o Neil. Depois de ter estado com eles, joguei o segundo jogo porque sabia que eles eram os criadores da série e se estavam a falar comigo era porque poderia participar na segunda temporada. Numa segunda reunião, disseram-me que personagem é que eu seria, mas, depois, nunca mais falaram comigo então não queria assumir que o trabalho estava garantido. Felizmente, acabaram por me oferecer o papel e não tive de fazer casting. Isso para mim foi inédito.

Nos últimos anos, a Isabela participou em grandes produções. Em que aspetos é que “The Last of Us” foi diferente daquilo que fez anteriormente?
Esta foi a vez em que tive mais material para trabalhar. O Craig deu-me toda uma história e fiquei muito entusiasmada. Como ator, uma boa história é a única coisa que podemos pedir, especialmente se for para construirmos uma relação e uma história de amor com alguém. A minha história de amor com a personagem da Bella é linda e nunca senti que fosse apressada porque o guião deu-nos o tempo necessário para a construirmos e evoluirmos da melhor forma. Não era só para entreter pessoas. Era também para mudá-las.

Como é que a Isabela e a Bella se prepararam para esta relação entre a Dina e a Ellie? Passaram muito tempo juntas fora das gravações?
Infelizmente não tivemos tempo para isso porque começámos logo a gravar. Às vezes juntámo-nos, mas era com outras pessoas, como os atores e os produtores. Quando começámos a contracenar, a química simplesmente estava lá, existia naturalmente. Antes pensava que era possível construir isso, mas agora sei que não é verdade. Existe ou não existe. O que podemos fazer é trabalhar e elevar a química que já existe, mas não a conseguimos criar do nada.

Pode-me falar sobre a sua personagem? O que é que podemos esperar da Dina?
Podem esperar por muita coisa. No primeiro episódio ela é bastante radiante, divertida, simpática e traz leveza a praticamente todas as situações em que possa estar, mesmo que envolvam algo trágico, como a morte de um bebé. Depois, vão perceber que ela é muito mais complexa do que isso e não está ali apenas para aliviar a tensão. Ela tem a sua própria história e jornada a percorrer. Estou entusiasmada para verem esta humana multidimensional que criei — graças, claro, à colaboração com o Craig, Neil e a Shannon Woodward, que foi a Dina original no videojogo.

Carregue na galeria e conheça algumas das séries e temporadas que estreiam em abril nas plataformas de streaming e canais de televisão.

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