Caos, comportamento agressivo e álcool. O apresentador de um dos mais conhecidos talk shows norte-americanos, Jimmy Fallon, foi acusado por antigos funcionários de criar um ambiente tóxico nos bastidores do “The Tonight Show”.
Numa investigação publicada esta quinta-feira, 7 de setembro, pela revista “Rolling Stone”, o ambiente nos bastidores do programa é descrito como “tenso” e “bastante sombrio”. “Vai muito além dos limites do que é considerado normal no mundo altamente stressante da TV noturna.”
A publicação dá conta das queixas de dois atuais empregados e de 14 antigos colaboradores do formato, que retratam Fallon como uma espécie de Dr. Jekyll e Mr. Hyde, com “dias bons” e “dias maus”. “Nunca se sabe que Jimmy vamos encontrar, nem quando vai ter um ataque de raiva”, conta um dos entrevistados. O perfil e comportamento do apresentador foram dois dos motivos apontados para justificar a grande rotatividade de funcionários no programa.
Nos dias “maus”, o apresentador chegava a “agarrar membros da equipa, expressar irritação por coisas insignificantes e a repreender e menosprezar os funcionários apenas por frustração” — às vezes, em frente a outros colegas ou membros da equipa.
Muitos viviam com medo. “Ninguém arriscava dizer piadas, nem conversavam uns com os outros. Era muito parecido com: concentrem-se naquilo que têm de fazer, porque o Jimmy está de mau-humor e se ele vê alguém fazer isso, vai-se zangar”.
Os antigos colaborados referem ainda o alegado alcoolismo do apresentador, explicando que, por vezes, surgia no estúdio com “um comportamento estranho” e “hálito a cheirar a álcool”.
Devido ao teor bombástico das alegações, os entrevistados preferiram falar anonimamente por recearem eventuais retaliações. Muitos dizem mesmo que o trabalho no programa os levou a desenvolverem vários problemas de saúde. As “explosões” de Fallon acabaram por levar a estados de ansiedade permanente, pesadelos, queda de cabelo e diminuição de peso, entre outros.
Apesar das críticas e acusações, uma fonte citada pelo “Page Six”, num comentário à reportagem da “Rolling Stone”, admite que o ambiente nos estúdios “melhorou muito” nos últimos meses, com a chegada de um novo diretor.