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Jude Law e a estreia em “Star Wars”: “O primeiro filme mudou o cinema para sempre”

O britânico é um dos protagonistas de "Skeleton Crew", a nova série da saga que estreia na Disney+ a 3 de dezembro. A NiT esteve à conversa com o ator.
Estreia a 2 de dezembro.

Antes de começar a gravar “Skeleton Crew”, Jude Law já tinha sete filhos. Agora, passou a contar com mais quatro: Ravi Cabot-Conyers, Kyriana Kratter, Robert Timothy Smith e Ryan Kiera Armstrong. Não são biológicos, mas sim os miúdos que contracenaram consigo em “Skeleton Crew”, a nova série do universo “Star Wars” que estreia na Disney+ em Portugal a 3 de dezembro.

“Quando os criadores me disseram que os protagonistas seriam miúdos, fiquei logo interessado. Pensei que era uma abordagem incrível porque traria uma perspetiva diferente à saga e fez-me lembrar de quando era mais novo e apaixonado por ‘Star Wars'”, revela o ator de 51 anos em entrevista na qual a NiT esteve presente.

Trabalhar com os jovens atores foi “uma felicidade e o britânico não poupa nos elogios. “Estavam sempre preparados e eram muito profissionais. Também eram miúdos muito queridos que retrataram perfeitamente os altos e baixos das personagens. São, sem dúvida alguma, o coração desta história.”

“Skeleton Crew” é uma aventura que decorre no período após os acontecimentos de “O Regresso de Jedi” e na mesma linha temporal que séries como “The Mandalorian” e “Ahsoka”. A narrativa acompanha quatro miúdos que fazem uma descoberta misteriosa no seu planeta natal e que acabam perdidas numa galáxia repleta de perigos como piratas especiais e armadilhas.

Para sobreviverem e para conseguirem voltar a casa, contam com a ajuda de Jod Na Nawood, interpretado por Jude Law. “Ele não é a pessoa mais confiável nesta história e não sei porque é que os pais o escolheram como mentor. Ao mesmo tempo, é um sobrevivente que tem sempre uma resposta na ponta da língua e que sabe navegar por situações perigosas. Por escolha ou acidente, ele é a pessoa perfeita para os ensinar e eles aprendem também uns com os outros”, descreve.

O que gostou mais na sua personagem?
Gostei do facto de ele ser diferente de acordo com a pessoa com que está. Nunca sabemos como é que ele realmente é. Acho que, de certa forma, nem ele sabe quem é e está apenas a tentar sobreviver. Está sempre a mudar e isso abriu-me muitas portas enquanto ator. Ao mesmo tempo, os espectadores vão perceber que também já conheceram pessoas assim. Sei que certamente já conheci pessoas que não sabia exatamente como é que eram.

Era um sonho seu aparecer num projeto relacionado com “Star Wars”? Qual foi a reação dos seus filhos quando lhes disse que ia entrar nesta série?
Era uma criança quando fui apresentado a este universo. Estávamos no final da década de 70 quando saiu o primeiro filme e mudou o cinema para sempre. Naquela altura não pensava em ser ator porque isso foi algo que me apenas atingiu durante a adolescência. Parecia-me algo impossível. No entanto, sentia-me num filme do “Star Wars” quando brincava no jardim da minha casa com a minha irmã e pais. Quando souberam deste trabalho, os meus familiares e amigos ficaram muito, muito entusiasmados.

Qual é o apelo universal desta saga? Porque é que estas histórias cativam audiências de todas as idades e porque é que é um fenómeno com tanta relevância cultural?
A essência dos filmes e das séries é sempre a luta do bem contra o mal, as escolhas que fazemos em vida e como é que chegamos a elas. O que é que nos guia? Esta pergunta tem, claro, várias respostas dependendo das perspetivas. Há várias possibilidades e, mesmo assim, continua a ser um universo sustentável. Além disso, a estética é muito apelativa e nunca perde a relevância.

Como é que foi trabalhar com os jovens atores nesta série?
Quando os criadores me disseram que os protagonistas seriam miúdos, fiquei logo interessado. Pensei que era uma abordagem incrível porque traria uma perspetiva diferente à saga e fez-me lembrar de quando era mais novo e apaixonado por “Star Wars”. Trabalhar com eles trouxe-me imensa felicidade. Estavam sempre preparados e eram muito profissionais. Eram miúdos muito queridos e trabalharam arduamente. Além disso, retrataram perfeitamente os altos e baixos das personagens. São, sem dúvida alguma, o coração desta história.

O Jod Na Nawood, a sua personagem, é um mentor para os miúdos. Como é que foi abraçar este papel?
Ele não é a pessoa mais confiável nesta história e não sei porque é que os pais o escolheram como mentor. Ao mesmo tempo, é um sobrevivente que tem sempre uma resposta na ponta da língua e que sabe navegar por situações perigosas. Por escolha ou acidente, ele é a pessoa perfeita para os ensinar e eles aprendem também uns com os outros.

Quais são as vantagens e desvantagens de trabalhar numa franquia gigante como esta?
Felizmente já trabalhei em algumas, então já entro preparado e sei o que esperar. Um dos aspetos mais difíceis é não poder revelar nada sobre a história. Apenas permitem que diga pouquíssimas coisas e tenho de as repetir milhões de vezes. Isso torna-se difícil. A grande vantagem é poder conhecer como é que estes filmes gigantes são feitos e trabalhar com pessoas extremamente talentosas de diferentes departamentos.

De que forma é que “Skeleton Crew” o toca pessoalmente? Há elementos da história que sejam relevantes no mundo de hoje?
Não sei se há algo que me toque particularmente num nível mais íntimo a não ser o facto de se tratar de uma jornada. É a jornada da vida e temos de resistir às trevas enquanto tentamos manter-nos vivos. É por isso que muitas histórias dentro do universo de “Star Wars” são bem-sucedidas.

Tem alguma memória que destaque das gravações?
Meu Deus, tenho muitas. É muito difícil escolher. Lembro-me de uma que gostei particularmente, em que tive de trabalhar com fantoches e bonecos. Fiquei boquiaberto quando reparei no potencial que aqueles objetos tinham na história. Isso permitiu que a minha imaginação fluísse.

Já participou em fenómenos da Marvel, “Monstros Fantásticos” do universo de “Harry Potter” e “Sherlock Holmes”. Tem um favorito? E como se sente com o final precoce de “Monstros Fantásticos”?
São todos bastante diferentes e foram experiências muito fortes e felizes para mim. Quanto ao Dumbledore em “Monstros Fantásticos”, continuo com esperança de que um dia receba uma chamada para voltarmos.

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