Em 2022, ultimavam-se os preparativos para as gravações do quarto filme da saga John Wick, que nascera oito anos antes. O destino da personagem era menos feliz do que o dos anteriores capítulos. Wick — spoiler alert — acabaria por morrer tragicamente nas escadarias da Sacré Coeur, em Paris. Um destino que, pelos vistos, era o mais desejado por Keanu Reeves, apesar do sucesso financeiro da saga.
A revelação é feita por Basil Iwanyk, produtor da saga, em entrevista com a “Collider”, a propósito do lançamento do novo spin-off, “The Continental”. “Depois do segundo, terceiro, quarto filme… fazer estes filmes é exaustivo, destroem o Keanu, tanto física como emocionalmente”, explicou.
“Quando chegamos ao fim, ele diz sempre: “Não consigo fazer isrto outra vez”. E nós concordamos com ele. Ele acaba como um farrapo porque dá tudo. Ele disse [antes do quarto filme]: ‘Quero que matem a personagem no final deste filme’. E nós respondemos: ‘Ok, mas vamos deixar [o cenário] em aberto uns 10 por cento’.”
A exaustão, segundo Iwanyk, não afeta apenas o protagonista. Ainda assim, o produtor explica que os laços que unem toda a equipa acabam sempre por fazer regressar cada um dos intervenientes. “Tornámo-nos ótimos amigos, gostamos muito uns dos outros, e adoramos o sucesso destes filmes, tanto entre a crítica como do ponto de vista comerciam. Acabamos sempre a pensar: ‘como vamos juntar esta malta outra vez, de modo a faça sentido na evolução do John?’”, confessa.
O adeus definitivo a John Wick não faz parte dos planos do produtor, mas nem tudo depende só da sua vontade. Iwanyk mostrou-se paciente e admite esperar até que Reeves esteja preparado. “Todos queremos mais John Wick. Não sabemos como será e o que irá acontecer.”
Opinião diferente ofereceu em junho, quando admitiu que apesar de não haver uma história em cima da mesa, um novo filme estaria já em desenvolvimento. “Acho que não há qualquer questão de que já está em desenvolvimento, mas a história ainda não está lá. E até a história estar preparada, nada é real. É algo no qual estamos a trabalhar.”
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