Em 2017, Anthony Rapp acusou Kevin Spacey de assédio sexual. O incidente terá acontecido quando o primeiro tinha apenas 14 anos e Spacey, 26. A acusação gerou uma enorme polémica mediática, com várias insinuações sobre o carácter predatório de Spacey, que acabou por ser despedido de vários projetos em que estava envolvido. Um deles era a super série “House of Cards”, produzida pela MRC e que também processou o ator. Esta quinta-feira, 4 de agosto, o juiz Mel Red Recana, do tribunal de recurso de Los Angeles, deu razão à MRC.
Assim, o protagonista de “House of Cards” terá de pagar quase 31 milhões de euros à produção por suposta má conduta sexual nos bastidores do drama da Netflix. O tribunal considerou que o ator de 62 anos deve pagar danos e custos de litígios por ter violado os termos do contrato de trabalho.
A produtora argumentou que Spacey lhes devia milhões de euros devido à sua má conduta e que isso os forçou a retirá-lo do elenco sexta temporada da série. Outra consequência foi o facto de a MRC ter de reduzir a última temporada para oito episódios, em vez de 13.
O escândalo sexual que envolveu o ator norte-americano começou a 30 de outubro de 2017, quando o ator Anthony Rapp revelou ao “BuzzFeed” ter sido alvo de assédio sexual por parte de Spacey quando tinha apenas 14 anos. Após as acusações, 15 outras pessoas revelaram ter tido experiências semelhantes com Spacey. O que levou o ator a ser afastado de quase todos os projetos que tinha em carteira.
O vencedor de dois Óscares enfrenta também acusações no Reino Unido de quatro crimes sexuais cometidos sobre três homens, entre 2005 e 2013.