“Love is Blind”, o popular programa de encontros da Netflix, regressou para a quarta temporada e já é um dos conteúdos mais vistos da plataforma em Portugal. A razão é simples: as pessoas gostam de reality shows e qualquer coisa é melhor do que o “Triângulo”, da TVI. Para aqueles que não estão familiarizados com o programa, “Love is Blind” segue um grupo de solteiros que procuram o amor.
Até aqui está tudo visto, mas ao contrário de outros formatos deste género, neste caso os participantes não podem ver-se uns aos outros até terem formado uma conexão baseada exclusivamente em conversas. Uma vez que tenham feito uma conexão, podem então encontrar-se pessoalmente e decidir se querem levar a sua relação para o próximo nível, tornando-se noivos.
Desde que o programa foi lançado em 2020, “Love is Blind” provou que apaixonar-se sem ver pode funcionar. Até hoje houve quatro casais — Barnett e Amber, Lauren e Cameron, Alexa e Brennon, e Colleen e Matt — que disseram “sim” no altar e permaneceram juntos, fruto desta experiência.
A mais recente temporada leva-nos a Seattle, onde um novo grupo de esperançosos chega aos pods e está determinado a encontrar o amor. Embora já tenhamos visto anteriormente este processo muitas vezes, ainda é divertido ver cada encontro acontecer às cegas e principalmente a forma estupidamente veloz com que passam de um “como é que te chamas?” para “quero ter os meus braços à volta do teu corpo e beijar-te”.
A premissa base é gira, “Love is Blind” oferece uma perspectiva única sobre o namoro e relacionamentos, porque ao remover o aspeto físico da atração, permite que os concorrentes formem uma conexão mais profunda com base nas suas personalidades e valores.
A não ser que sejam o Billy, que logo no primeiro encontro se lembrou de perguntar as coisas mais superficiais — e potencialmente ofensivas — de que se lembrou. Talvez pareça cómico indagar a um desconhecido (que se espera ter passado por uma verificação completa de antecedentes) se já cometeu um assassinato.
No entanto, interrogar alguém sobre a sua nacionalidade, peso e altura, especialmente num programa de namoro que valoriza a personalidade em vez da aparência, é bastante idiota. A boa notícia é que essa cena só apareceu no ecrã por alguns (desconfortáveis) segundos. Ainda assim, ao nível dos momentos constrangedores não ficamos por aqui.
Durante esta temporada, uma das cenas mais “alerta, falta de noção” é quando Bliss está a fazer cupcakes para o aniversário de Zack e Irina, que também está interessada no advogado, pede emprestada uma das velas. Ao que parece, Irina esqueceu-se de que era o dia especial do seu possível futuro parceiro, mas já que havia velas, porque não aproveitar? “Love is Blind” tornou-se também um fenómeno do streaming pelo drama.
O programa é conhecido pelos seus momentos chocantes e reviravoltas inesperadas, e a quarta temporada traz ainda mais ação e surpresas. Desde triângulos amorosos inesperados até revelações fascinantes, os espectadores podem esperar serem entretidos durante toda a temporada.
Como nas anteriores, também nesta edição há sempre aquele momento em que o casal finalmente se encontra pessoalmente e podemos perceber, pelos seus rostos, que um deles não sente a atração esperada.
Foi o caso de Irina que, quando conheceu a sua suposta alma gémea, Zack, rapidamente se tornou evidente que não sentia atração física pelo rapaz, já que o comparou a uma personagem de desenho animado e acrescentou que o seu olhar a deixava desconfortável.
O pobre do Zack ainda questionou se aquele comentário teria sido “uma crítica ou um elogio”. Depende da personagem, Zack, mas pela cara da Irina dá-me ideia de que ela estava à espera do Príncipe Encantado e saiu-lhe um Shrek. O amor é cego, mas a Irina não.