Após a estreia de “Adolescência” na Netflix, em março, multiplicaram-se os debates sobre o risco que os jovens enfrentam na era digital. As dúvidas dos adultos, sejam eles pais, familiares ou professores, têm dado origem a cada vez mais produções sobre o tema. Um dos fenómenos mais recentes é a minissérie documental “Má Influência: Quando as Crianças São Influencers”.
Assim que estreou, a 9 de abril, subiu até ao top da Netflix em mais de 30 Países. No caso de Portugal, onde já esteve em terceiro lugar, ocupa agora o nono lugar no ranking, segundo o Flixpatrol, portal que agrega os rankings globais dos conteúdos de streaming em várias plataformas.
Com três episódios, a série de Jenna Rosher e Kief Davidson explora “o mundo sombrio dos influenciadores infantis”, mais precisamente os abusos e a exploração que estão associados a este mercado. Nesta produção, conhecemos o caso real de Piper Pockelle e da mãe, Tiffany Smith.
Ao longo da minissérie, a procura pela fama dá lugar a conversas sobre a manipulação e a pressão psicológica por parte dos adultos. A narrativa vai ganhando outra dimensão através de uma investigação profunda e dos testemunhos de antigos membros do canal de YouTube da jovem e das respetivas mães.
Na vida real, Piper, atualmente com 17 anos, tornou-se famosa graças aos vídeos de partidas encenadas e tentativas de recriar desafios virais, que começou a gravar quando tinha apenas oito anos. Ao seu lado, tinha a chamada squad, o seu grupo de amigos, que ajudavam a dar vida aos guiões como se de uma telenovela juvenil se tratasse.
O que a maioria dos mais de 12 milhões de subscritores não sabiam é que havia várias situações de abuso emocional. Os relatos incluem alegados maus tratos físicos e manipulações “semelhantes às de uma seita” por parte da mãe, Tiffany, que era também a gestora de carreira da jovem influenciadora.
A série, que transforma a história num documentário, “traça o retrato de uma mulher cujos poderes de manipulação e de inteligência empresarial encontraram o lar ideal no mundo sombrio da criação de conteúdos em linha com crianças”, escreve o jornal “The Guardian”, um dos vários meios que aplaudiram o resultado final da produção.
No que diz respeito à crítica especializada, “Má Influência: Quando as Crianças São Influencers” está a dividir opiniões. Ainda assim, conta com uma avaliação de 88 por cento no Rotten Romatoes, o famoso agregador de críticas de cinema e televisão.
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