Quando abordam as gravações dos seus trabalhos mais recentes, a maioria dos atores tende a transmitir a ideia de que tudo foi um sonho e correu de forma perfeita. No entanto, Ryan Sampson não hesita em expor a realidade. “Entrava no set e todos pareciam estar divertidos e sorridentes. Eu, por outro lado, sentia-me constantemente ansioso, como um troll que habita debaixo da ponte, pois pensava em tudo o que poderia correr mal”, revela em entrevista à “Sky”.
O ator britânico não é apenas o protagonista de “Mr. Bigstuff”, mas também desempenhou as funções de argumentista e, em algumas ocasiões, de realizador. Esta série, composta por seis episódios, estreia na plataforma de streaming SkyShowtime esta terça-feira, 30 de julho.
Esta nova produção de comédia aborda diversos temas: disfunção erétil, masculinidade tóxica e a indústria da venda de carpetes. Tudo começa com dois irmãos que estão de relações cortadas. Glen (Ryan Sampson) é um vendedor perfecionista que quer ter uma vida de sonho. Lee, interpretado por Danny Dyer, é descrito como um macho alfa com uma dependência de medicamentos e que na sua casa tem uma lata de bolachas com as cinzas do pai.
A nova produção de comédia aborda uma variedade de tópicos, como disfunção erétil, masculinidade tóxica e carpetes. A trama centra-se em dois irmãos que se encontram em conflito. Glen, interpretado por Ryan Sampson, é um vendedor perfecionista que aspira a uma vida ideal. Lee, vivido por Danny Dyer, é caracterizado como um macho alfa dependente de medicamentos e que guarda em casa uma lata de bolachas com as cinzas do pai.
A vida quotidiana de Glen e da sua noiva, Kirsty (Harriett Webb), é banal e, para eles, perfeita — apesar das dificuldades dele em ter uma ereção e ela ter o hábito de roubar em lojas. Com a chegada de Lee, que foge do seu passado, a realidade de ambos tornar-se num pesadelo. A dinâmica entre os três contribuiu para a criação de episódios repletos de humor.
Ryan Sampson, com 38 anos, é o criador da série. A ideia já pairava na sua mente “há muito tempo”. Durante uma colaboração com Danny num episódio de “Plebs”, percebeu que seria o parceiro ideal com quem dividir o ecrã.
“Anos depois, comecei a imaginar como seria atuarmos como irmãos e como essa situação poderia ser absurda e divertida. Sentei-me ao computador e comecei a escrever. Quando finalizei, mostrei o rascunho a um produtor, que adorou, mas mencionou que tudo estava escrito para o Danny, que estava sob contrato com ‘EastEnders’ e gravava todas as semanas ao longo do ano”, recorda o cineasta.
Nunca considerou outro ator para o papel, por isso decidiu guardar o guião. Meses depois, numa manhã de ressaca, ao comprar um jornal, leu na primeira página que Danny tinha deixado a telenovela britânica. Soube que era a oportunidade ideal para agir – e foi isso que fez.
Durante o processo de escrita, Sampson inspirou-se na sua própria família disfuncional. Após a morte da mãe, confessa que todos os irmãos começaram a levar vidas mais loucas. “O planeta em torno do qual orbitávamos desapareceu. Queria criar algo que refletisse isso. É uma jornada insólita, mas essa é a génese da história”, explica.
Embora se trate de uma série de comédia, não faltam momentos emocionantes e dramáticos, especialmente quando os protagonistas discutem devido às cinzas do pai ou quando precisam de partilhar um prato que pertencia à mãe. “Todos esses elementos ajudam a construir uma narrativa mais autêntica e com a qual podemos facilmente nos identificar.”
Carregue na galeria e conheça algumas das séries e temporadas que estrearam em julho nas plataformas de streaming e canais de televisão.