As más notícias continuam a bater à porta da Netflix. Após uma década marcada pelos sucessivos aumentos do número de assinantes, 2022 foi um ano marcado pela queda nas subscrições. No último trimestre de 2022, a plataforma registou o maior número de cancelamentos do streaming, revela um estudo da TiVo, partilhado pelo “The Streamable”.
Entre novembro e dezembro, a plataforma registou uma queda de 27,3 por cento no número de subscritores, o triplo da Hulu, que ocupa a segunda posição com 9,1 por cento. Seguem-se a Amazon Prime, com 8,4 por cento, a Apple TV+, com 8,1 por cento, a Disney+, com 5,8 por cento, e a HBO Max, com 4,7 por cento.
Recorde-se que, no passado dia 21 de fevereiro, a Netflix mudou as regras e limitou a partilha de contas. O objetivo é reforçar o número de subscritores e receita, mas pelo caminho continua a perder inúmeros clientes — embora não revele quantos ao certo.
Até aqui, qualquer cliente que tivesse uma conta da Netflix poderia ceder os seus dados de acesso para outro amigo ou familiar utilizar a plataforma. O único entrave à partilha massiva era o limite máximo de ecrãs em simultâneo — ou seja, no plano Premium, o mais dispendioso, só quatro ecrãs poderiam estar a usar a Netflix ao mesmo tempo.
A política dos ecrãs mantém-se, só que agora a Netflix vai controlar onde é que estão os dispositivos a acederem a cada conta. Todos os clientes vão ter de definir uma “localização principal” — isto é, a casa a que a conta está associada. Alegadamente, só as pessoas que residam nessa casa vão poder usar a Netflix. Note-se que há relatos de clientes a ter dificuldade em selecionar uma “localização principal”, já que, de forma automática, a plataforma poderá estar a localizar erradamente algumas contas.