Televisão

Netflix: o fim das contas partilhadas está a ser um sucesso, incluindo em Portugal

A plataforma de streaming diz estar bastante satisfeita com os resultados do primeiro trimestre do ano.
Ganharam mais subscritores.

Os limites à partilha de contas da Netflix entrou em vigor a 22 de fevereiro. Quem quiser dividir a subscrição com quem mora noutra morada, tem de pagar mais 3,99€. O objetivo da plataforma era reforçar o número de assinantes e, consequentemente, as receitas. Porém, a medida foi recebida com indignação por parte de muitos subscritores — incluindo portugueses. Milhares de clientes recorreram mesmo às redes sociais para anunciar que iriam cancelar a assinatura. Tudo apontava para uma redução significativa no número de subscritores, mas não foi isso que aconteceu. Muito pelo contrário.

Na verdade, a Netflix mostra-se bastante satisfeita com os resultados alcançados com o fim da partilha de contas. Além de Portugal, a medida já entrou em vigor em países como Canadá, Nova Zelândia e Espanha — e os resultados têm sido satisfatórios. Apesar da indignação, a plataforma ganhou 1,75 milhões de novos subscritores só neste primeiro trimestre, atingindo um total de 232,5 milhões de clientes. Os números foram divulgados na apresentação dos resultados dos três meses iniciais de 2023.

O objetivo seria atingir os 2,3 milhões neste primeiro trimestre, — a meta não foi não atingida, mas ainda assim, representa um crescimento de 4,9 por cento comparado com o ano anterior.

Nos EUA e Canadá (um dos países que já não tem contas partilhadas) registaram-se mais 100 mil subscrições pagas, mais 640 mil em toda a Europa, Médio Oriente e África, e mais 1,5 milhões na região da Ásia-Pacífica. A América Latina foi a única região onde a empresa registou uma queda de subscritores — perdeu 450 mil.

“Neste primeiro trimestre, lançámos a partilha de contas pagas em quatro países — Canadá, Nova Zelândia, Espanha e Portugal — e estamos muito satisfeitos com os resultados”, disse a Netflix. Quando a medida entrou em vigor, quem usava contas emprestadas começou a ativar a sua e outros subscritores começaram a pagar por membros extra, o que acabou por aumentar o número de subscritores e a receita, explicou e empresa.

O Canadá é apontado como um dos exemplos daquilo que definem como “a abordagem certa” —, já que a receita e número de subscritores aumentaram após o bloqueio da partilha de contas. No segundo trimestre do ano, a plataforma planeia implementar a medida nos EUA.

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