Os efeitos da política proibição de partilha de contas da Netflix já se fizeram notar em Portugal. A gigante do streaming perdeu 4,6 por cento dos subscritores no nosso País entre novembro de 2022 e fevereiro de 2023 — mês em que foi anunciada a medida. Já nos primeiros quatro meses deste ano, mais precisamente entre janeiro e abril, 13 por cento dos subscritores em território nacional deixaram de pagar a mensalidade. Os números foram avançados pela BStream, o barómetro de plataformas de streaming produzido pel Marktest.
Em fevereiro deste ano, a Netflix tornou público que a partilha de contas só seria possível para os subscritores dos lanos mais caros: o standard (11,99 euros por mês) ou o premium (15,99 euros). Para o fazer de forma regular, terá de “adicionar um membro extra” à conta, o que soma 3,99 euros à mensalidade.
A plataforma incluiu Portugal na lista dos primeiros países em que seria aplicada a nova política de combate à partilha abusiva de palavras-passe entre pessoas de diferentes agregados familiares ou que residem noutras moradas. O objetivo era aumentar o número de assinantes reais: “Atualmente, mais de 100 milhões de residências partilham contas, o que impacta a capacidade de investir em séries e filmes de grande qualidade”, justificou a Netflix na altura.
A queda acentuada verificou-se também noutros países. Em Espanha, por exemplo, perderam mais de um milhão de subscritores no primeiro trimestre do ano. Ainda assim, a plataforma garante que a medida está a ser um sucesso.