Televisão

“O Despertar do Oeste Americano”: nova minissérie está a ser comparada a “Yellowstone”

A produção da Netflix estreia a 9 de janeiro na plataforma de streaming e viaja até ao coração da América do século XIX.
É ideal para os fãs de westerns.

No coração selvagem da América do século XIX, onde a sobrevivência era uma batalha diária e a fronteira era um território de sangue e pólvora, nasce “O Despertar do Oeste Americano”, a nova minissérie de seis episódios da Netflix que estreia esta quinta-feira, 9 de janeiro. Na brutalidade e no caos do Velho Oeste, a produção explora as histórias de pioneiros, caçadores e guerreiros indígenas num mundo sem leis, onde a civilização ainda lutava para se enraizar.

Criada por Mark L. Smith e realizada por Peter Berg, pretende transportar os espectadores para o ano de 1857, onde também vai ser explorada a violenta colisão entre culturas, religiões e comunidades na luta sangrenta pelo controlo do Oeste americano. A narrativa centra-se em Isaac, interpretado por Taylor Kitsch, um homem atormentado por demónios internos que se vê envolvido nos conflitos territoriais da época.

Paralelamente, vai acompanhar Sara Rowell (Betty Gilpin), uma viúva do Leste que, juntamente com o seu filho Devin (Preston Mota), enfrenta as adversidades da fronteira após serem abandonados pelo seu guia rumo à Califórnia. Em busca de auxílio, cruzam-se com o explorador Jim Bridger (Shea Whigham) e juntam-se a um grupo liderado pelos recém-casados Jacob (Dane DeHaan) e Abish Pratt (Saura Lightfoot-Leon).

O elenco da série é de luxo e também inclui nomes como Kim Coates no papel de Brigham Young, líder religioso influente da época, e Jai Courtney como Virgil Cutter, uma figura enigmática cujas intenções permanecem obscuras. A diversidade da equipa é complementada por atores como Derek Hinkey, que encarna Red Feather, e Shawnee Pourier como Two Moons — ambos têm ascendência nativo-americana.

“Este foi, sem dúvida, um dos papéis mais desafiantes da minha carreira. A intensidade das cenas e a profundidade emocional de Isaac exigiram uma preparação física e mental exaustiva”, disse Taylor Kitsch, de 43 anos, à “Vanity Fair”. Já Betty Gilpin descreve a experiência como “transformadora”. À mesma publicação revela que sentiu inspirada pela força e resiliência de Sara, especialmente “naquela época que era tão implacável”.

Peter Berg, o realizador, garante que a minissérie se destaca graças à precisão histórica e pela representação autêntica da brutalidade do Velho Oeste americano. “Queríamos que fosse uma janela para o passado”, realça em conversa com a “Entertainment Weekly”. A banda sonora, composta pelos Explosions In The Sky, acrescenta uma camada emocional à narrativa.

A série não é baseada numa história verídica, mas inspira-se em acontecimentos históricos, como o Massacre de Mountain Meadows (onde morreram pelo menos 120 pessoas), para construir uma narrativa ficcional que reflete as tensões e desafios da época. A consultora cultural indígena Julie O’Keefe desempenhou um papel crucial na garantia de uma representação respeitosa e precisa das culturas indígenas. “Foi fundamental para nós assegurar que as histórias e culturas indígenas fossem retratadas com autenticidade e respeito”, disse.

“O Despertar do Oeste Americano” marca mais uma colaboração entre Taylor Kitsch e Peter Berg, que já trabalharam juntos em projetos como “Friday Night Lights” e “Lone Survivor”. Este reencontro faz sentido, visto que, para Taylor, “trabalhar com o Pete é sempre uma experiência enriquecedora”. “Temos uma confiança mútua que nos permite explorar profundamente as camadas das personagens.” A série é uma das mais aguardadas de janeiro, especialmente pela forma como aborda o género western — e alguns críticos até a comparam a “Yellowstone”.

Carregue na galeria e conheça algumas das séries e temporadas que estreiam em janeiro nas plataformas de streaming e canais de televisão.

ÚLTIMOS ARTIGOS DA NiT

AGENDA NiT