Natural do Nepal, o chef Tanka Sapkota abriu o seu primeiro restaurante em Portugal em 1999. Agora, 26 anos depois, celebra o percurso com um documentário que revela muitos dos segredos da cozinha italiana. A estreia acontece já este domingo, 2 de fevereiro.
Chamado “Sabores de Itália”, o programa foi gravado ao longo de dois meses em várias regiões italianas, entre Piemonte, Nápoles, Veneza e Apúlia. Sob a direção de Tiago de Carvalho, a série acompanha produtores locais, chefs com estrelas Michelin e a história de pratos típicos dessas localidades.
O chef proprietário dos restaurantes Come Prima, Forno D’Oro, Il Mercato e Casa Nepalesa surge ao longo dos seis episódios do documentário. A transmissão na TVI está marcada para 2 de fevereiro, às 8h30, com um episódio especial onde Tanka Sapkota participa num leilão de trufas.
No primeiro episódio, gravado em Piemonte, o chef cozinha uma massa caseira com a nonna Lucianna, uma idosa de 80 anos. O capítulo explora ainda a rara trufa branca de Alba, com a participação do chef Enrico Crippa, distinguido com três estrelas Michelin.
A paixão de Tanka Sapkota por este ingrediente já o levou a momentos marcantes. Em 2018, trouxe para Portugal uma trufa branca de 1153 gramas, uma das maiores da época. Nesse mesmo ano, foi distinguido como “Cavaleiro da Trufa e do Vinho Alba”, tornando-se o único português a receber esta menção honorífica dos Cavaleiros do Tartufo de Alba.
“Sou apaixonado pela gastronomia italiana, mas sobretudo por trufas. A trufa branca de Alba é uma das iguarias mais raras e preciosas da gastronomia mundial, e para mim é sempre um prazer poder partilhá-la com os nossos clientes. Mas, por ser rara, a sua aquisição não é fácil. Foi este o ponto de partida para o documentário, que me levou a explorar a tradição, conhecer pessoas e, sobretudo, descobrir a comida autêntica deste país magnífico”, explica o chef.
No ano passado, Tanka Sapkota apresentou a primeira trufa de verão encontrada em Portugal, descoberta nos concelhos de Alenquer e Sobral de Monte Agraço, na região Oeste. O feito foi possível graças a uma parceria com a Universidade de Évora.
“Ninguém acreditava que seria possível encontrar trufa em Portugal. Sempre que falava nisso, diziam-me que era impossível, que não havia. Mas eu sempre refutei. Para dizermos que não há, primeiro temos de procurar”, afirmou na altura à NiT.