Televisão

O guia para boas raparigas cometerem o homicídio perfeito chegou à Netflix

É a série mais vista em todo o mundo — incluindo Portugal. Baseia-se num livro que vendeu mais de sete milhões de cópias.
É a série que todos estão a ver.

Há atores que passam meses em personagem para se prepararem para um papel. Austin Butler, por exemplo, falou com um sotaque de Elvis Presley durante muito tempo. Para Emma Myers interpretar Pip em “O Homicídio Perfeito: Um Guia Para Boas Raparigas”, bastou-lhe ouvir uma playlist. O resultado pode ser visto desde esta quinta-feira, 1 de agosto, na Netflix.

Quando estava no set — e quando recebeu o guião — começou a tocar continuamente temas de Lizzy McAlpine e Alex G. “Música de raparigas tristes”, resumiu em conversa com a “Teen Vogue”.

A narrativa desenrola-se em Fairview, onde todos conhecem a história de Andie Bell, a lindíssima e popular finalista de liceu assassinada pelo namorado, Sal Singh, que depois se suicidou. Ninguém falava noutra coisa. Decorridos cinco anos, Pip percebe que a tragédia ainda assombra a cidade.

A verdade é que a protagonista não consegue tirar da cabeça a impressão de que aquela história não está bem contada. Era amiga de Sal desde pequenina, e ele sempre foi muito amável. Como pode ter matado Andie? Agora que também está a terminar o liceu, decide investigar o caso: será o seu trabalho de final de ano.

A obra é baseada em “A Good Girl’s Guide to Murder”, um livro de Holly Jackson lançado em 2019 que se tornou um fenómeno mundial. Desde então já vendeu cerca de sete milhões de cópias e também se tornou um sucesso nas redes sociais, especialmente no TikTok (ou no chamado BookTok, o segmento da plataforma que se foca em conteúdos literários).

“Li-o milhões de vezes. A Holly sempre foi uma grande ajuda quando me preparava. Eu perguntava-lhe inúmeras perguntas e ela respondia sempre. Também tive de ser a energia no set e nas gravações para perceber em que direção tinha que levar a Pip”, conta a atriz de 22 anos, que se popularizou graças ao seu papel de Enid em “Wednesday”.

Além de ter criado uma playlist especial, a norte-americana assistiu a vários episódios de “Crime, Disse Ela”, uma série de mistério de Angela Lansbury. “Isso também me ajudou a entrar no estado de espírito certo”, assegura.

Antes das câmaras começarem a rodar, também houve vastos meses de preparação. A narrativa decorre no Reino Unido, o que fez com que a atriz tivesse de dominar o sotaque. Para não ofender ninguém, teve aulas com uma treinadora. “Foi a primeira vez. O sotaque britânico é muito específico e varia de região para região. Li-lhe o guião milhões de vezes para me certificar de que acertava em todas as palavras.”

“O Homicídio Perfeito: Um Guia Para Boas Raparigas” aborda temas mais pesados, o que pode sempre ser um desafio para um ator — especialmente quando não querem ferir suscetibilidades. “Nunca quis glorificar certas situações que se passam na série. Os guionistas fizeram um bom trabalho nisso porque apresentam a verdade sem glamour”, descreve.

Apesar das gravações terem sido, por vezes, pesadas, Emma saiu da obra ao fim com um grupo de amigos ainda maior. Asha Banks, Raiko Gohara, Jude Morgan-Collie e outros dos atores com os quais contracenou continuam a “falar diariamente até aos dias de hoje”, diz, desta vez, ao “Radio Times”. “Aproximámo-nos rapidamente e eu adoro-os de morte. Mudaram para sempre a minha vida”, garante.

A produção conta com seis episódios de aproximadamente 45 minutos cada. Atualmente, é a série mais vista em todo o mundo — incluindo Portugal. No Rotten Tomatoes tem uma avaliação de 83 por cento por parte dos críticos e 73 por cento do público.

Carregue na galeria e conheça outras séries e temporadas que vão estrear em agosto nas plataformas de streaming e canais de televisão.

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