“John Wick” tornou-se, em menos de uma década, numa das mais amadas sagas de ação do mundo do cinema, protagonizada por um dos atores mais queridos em Hollywood, Keanu Reeves. Com quatro capítulos, a saga já arrecadou mais de meio mil milhões de dólares em todo o mundo. E apesar de Reeves ter suplicado pela morte da personagem no mais recente filme, a verdade é que já se trabalha num quinto.
Pelo caminho, entre tanto sucesso, surge sem surpresa o primeiro spin-off, inspirado no The Continental, o famoso hotel que é um oásis de paz no dia a dia violento e imprevisível dos assassinos a soldo. Os clientes podem visitar o bar, comer no restaurante ou alugar um quarto por quanto tempo o puderem pagar. Estar no Continental é estar de folga, ou seja, ali ninguém pode matar ou ser morto. É este o cenário, que ficámos a conhecer nos anteriores filmes de Wick, que tudo acontece nesta nova série.
“The Continental”, que estreia esta sexta-feira, 21 de setembro, na Prime Video, é uma prequela que decorre em Nova Iorque, durante a greve dos lixeiros nos anos 70, que viu a cidade literalmente a inundar-se de lixo. A série vai explorar “a origem do icónico hotel para assassinos do universo John Wick através dos olhos e ações de um jovem Winston Scott”.
“[Scott] é arrastado para o caos da Nova Iorque dos anos 70 para enfrentar um passado que pensava ter deixado para trás. Winston traça um percurso perigoso pelo submundo misterioso do hotel, numa tentativa desesperada de se apoderar da propriedade na qual irá, no futuro, assumir o seu trono.”
A assumir o papel de Winston Scott está Colin Woodell, que virá acompanhado por Ayomide Adegun, que interpretará um jovem Charon — uma bem conhecida personagem do universo de John Wick, aqui interpretada por Lance Reddick. A completar o elenco está Peter Greene (“Pulp Fiction”) como Uncle Charlie, o discreto especialista em fazer desaparecer corpos — e o inevitável e Mel Gibson no papel de Cormac.
Pouco se sabe sobre a personagem de Gibson, mas o ator e realizador junta-se assim a um elenco que fica completo com Ben Robson, Hubert Point-Du Jour, Jessica Allain, Mishel Prada e Nhung Kate. A série é comandada por Greg Coolidge, mais conhecido pelo seu trabalho de escrita em comédias, e Kirk Ward.
“As pessoas ficariam surpreendidas com quanto tempo foi necessário e quão difícil foi chegar à história perfeita. Nem sabem quantos sapos tivemos que beijar”, revela Erica Lee, uma das produtoras-executivas. “Queríamos mesmo fazer justiça a este universo. Escolher os anos setenta como cenário e avançar com uma prequela sobre Winston, uma figura tão adorada… E a ideia do Continental, também como uma personagem do filme… Isso foi só o começo. As pessoas perguntavam sempre, ‘Bem, como é por dentro o Continental?’ O Basil, eu e o Chad [Stahelski], sempre adorámos esse mundo. Queríamos explorá-lo e foi assim que chegámos à ideia.”
As primeiras críticas já chegaram e não trazem boas notícias. “The Continental” surge com um pálido 53 por cento no agregador de críticas Rotten Tomatoes.
“É uma espécie de enorme mal-entendido sobre aquilo que os fãs de John Wick esperam de uma produção John Wick que não tem John Wick”, atira a “Variety”. “Mesmo com Mel Gibson pelo meio, não é suficientemente mau para deixar uma ferida na saga de John Wick. Mas também não é suficientemente excitante para merecer fazer parte do cânone”, conclui o “AV Club”.
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