“Estávamos a lidar com múltiplas personalidades e com um homem que comia hambúrgueres cheios de bolor.” Hadden Clark não se assemelhava a outros assassinos em série, como explica o agente do FBI, Lou Luciano, na nova série documental da Max. “Born Evil: The Serial Killer and the Savior” estreou esta terça-feira, 3 de setembro. A produção já ocupa o quarto lugar entre as mais vistas na plataforma de streaming.
O documentário revela a violenta história familiar de Clark, as suas confissões a Jack Truitt, o colega de cela, e a busca pelos cadáveres das suas vítimas. A produção também conta com testemunhos de familiares de Hadden e de Jack.
O assassino em série costumava pendurar carne no teto, desenhava caricaturas coloridas das suas vítimas e, após a sua detenção, acreditava que o seu companheiro de cela era Jesus Cristo. “Não era equilibrado”, acrescenta Luciano. O agente do FBI caracteriza-o ainda como “uma pessoa sem essência”. “Por detrás daqueles olhos não havia nada. E ele era quem detinha as cartas do jogo, pois só ele sabia onde estavam os corpos.”
Na obra produzida por Michael Bay (“Transformers” e “Armaggedon”), Lou tem interrogatórios que se estendem durante horas com Clark, o qual disse que não tinha sido ele o responsável pelos assassinatos, mas sim Kristen E. Bluefin, uma das suas personalidades.
“Ocorreu, por vezes, passarmos sete, oito ou nove horas com ele, e não cessava de falar sobre os seus alter-egos. Mostrava-nos os desenhos e comentava sobre as pessoas que tinha assassinado. Dava-nos informações, algumas das quais pudemos corroborar, mas outras sabíamos que eram falsas”, relata o detetive.
Acusado do homicídio de Michelle Dorr, uma menina de seis anos, e Laura Houghteling, uma mulher de 23, Clark foi condenado a 30 anos de prisão em 1993. Seis anos mais tarde, em 1999, recebeu uma pena adicional de 40 anos.
Carregue na galeria e conheça algumas das séries e temporadas que estreiam em setembro nas plataformas de streaming e canais de televisão.