Em equipa que ganha, não se mexe. A Apple TV decidiu seguir a velha máxima e traz de volta Patricia Arquette e Ben Stiller numa série recheada de comédia negra e um toque de drama.
Arquette regressa à televisão após participar no grande êxito da Apple de 2022, “Severance”, no qual Stiller participou como realizador. Agora, em “High Desert”, a dupla reencontra-se, mas com Stiller no papel de produtor-executivo.
No centro da produção que estreia esta quarta-feira, 17 de maio, está Peggy (Arquette), uma ex-toxicodependente que tentar dar um novo rumo à sua vida depois da morte da sua mãe, com quem vivia numa pequena casa no deserto californiano. Decide então tornar-se numa detetive privada, para desespero do irmão e da irmã.
Vai contar com a ajuda de Denny (Matt Dillon), o ex-namorado que está em liberdade condicional. À sua volta, vivem inúmeras personagens bizarras, como Guru Bob (Rupert Friend), um ex-pivô que se reinventou como um bruxo do deserto.
Há ainda Carol (Weruche Opia), a melhor amiga de Peggy, e Bruce (Brad Garrett), o investigador privado que relutantemente decide empregar a protagonista inexperiente. O elenco conta ainda com Bernadette Peters e Keir O’Donnell.
O guião de “High Desert” é assinado por Nancy Fichman, Katie Ford e Jennifer Hoppe; com realização entregue a Jay Roach, o realizador de “Meet the Parents”. A série conta com oito episódios.
“É uma série muito engraçada, muito contracultura. E todos precisamos de rir neste momento. Vamos reconhecer pessoas diferentes, os esquisitos da nossa família”, conta a atriz em entrevista.
“Há muito amor, muitos twists, reviravoltas, porque estas pessoas são todas doidas e fazem escolhas bizarras. Têm histórias muito vívidas e ricas. Perdemos muito tempo nisso, até porque são todas elas inspiradas em pessoas reais”, acrescenta Dillon.
A primeira reação da crítica à série tem sido morna. Com um 60 por cento no agregador Rotten Tomatoes, as opiniões dividem-se entre aqueles que acham que “tinha tudo para dar certo, mas não dá”, e os que aplaudem a exibição de Arquette que “volta a rebentar tudo”.
“É uma série que falha duplamente o alvo: oferecer uma comédia negra que não consegue fazer-nos rir; e fazer-nos gostar de cada uma das personagens”, escreve a “Collider”.
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