A cara é imediatamente familiar. Sidse Babett Knudsen é a grande duquesa em “Ehrengard: A Ninfa do Lago”, também ela uma figura importante, mas longe do papel de primeira-ministra que assumiu durante vários anos em “Borgen”. Knudsen é uma das estrelas do filme dinamarquês que, por estes dias, alcançou o topo da lista dos mais vistos na Netflix, em Portugal e em todo o mundo. Em apenas cinco dias — estreou na sexta-feira, 15 de setembro — tornou-se mesmo no segundo filme mais visto na plataforma.
A obra do premiado realizador Bille August — habituado a adaptações, ele que realizou “A Casa dos Espíritos” de Isabel Allende em 1993, mas também “Os Miseráveis” de Victor Hugo em 1998 — viaja até um reino fantástico de Babenhausen, onde o jovem Cazotte se distingue por ser um autoproclamado “especialista no amor”. Ao saber da fama, a duquesa (Knudsen) convoca-o à sua corte para lhe fazer um pedido: o seu filho tem urgentemente que encontrar uma mulher, sob o risco de ver o poder do trono ficar nas mãos de um primo.
Cazotte agarra assim a missão de ajudar o príncipe Lothar, mas apenas com uma condição: que a duquesa encontre uma forma de ele poder pintar o retrato do seu grande amor, Ehrengard. Ehrengard é uma talentosa praticante de esgrima, jovem de classe alta, conhecida pela sua beleza.
Cazotte, que é também um talentoso pintor, apesar de pobre, está apaixonado por Ehrengard desde a primeira vez que a viu. A sua forma de chegar até ela passa por cumprir a missão, que executa com afinco. Mas há um pequeno problema: Lothar não está minimamente interessado em casar. Tudo se complica à medida que o plano avança. E Cazotte acaba também por perceber que não é propriamente um especialista no que toca às questões da sedução e do amor.
A narrativa é uma adaptação de uma obra da famosa autora dinamarquesa Karen Blixen, mais conhecida pela obra “África Minha”, inspirada pelas suas vivências no Quénia. O livro deu origem a um filme com o mesmo nome, lançado em 1985, com Meryl Streep e Robert Redford como protagonistas. O filme de Sydney Pollack conquistou sete Óscares, incluindo o de Melhor Filme.
Além de Knudsen, o elenco conta com Mikkel Boe Følsgaard, Emil Aron Dorph, Alice Bier Zandén, Emilie Kroyer Koppel, Jacob Lohmann e Sara-Marie Maltha.
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