Até dezembro do ano passado, ninguém sabia quem era Luigi Mangione. O seu nome tornou-se amplamente conhecido após ser acusado do homicídio de Brian Thompson, o diretor-executivo da seguradora de saúde UnitedHealthcare.
Thompson foi assassinado à porta do seu hotel em Manhattan, Nova Iorque, enquanto se dirigia para uma conferência, a 4 de dezembro de 2024. O ato de violência provocou ondas de choque em todo o mundo e as autoridades lançaram uma caça ao homem para identificar e capturar o autor do crime.
Poucos dias depois, a 9 de dezembro, Luigi Mangione, de 26 anos, foi detido num McDonald’s em Altoona, na Pensilvânia, após ter sido reconhecido e denunciado por um funcionário. Desde a sua detenção, o norte-americano tornou-se uma figura mediática.
As perguntas começaram a surgir: o que levaria um jovem brilhante, formado em engenharia informática e oriundo de uma família abastada, a cometer um crime tão brutal? Embora muitas questões permaneçam sem resposta, algumas serão esclarecidas no novo documentário da Max, intitulado “Who is Luigi Mangione?”.
Com estreia marcada para 18 de fevereiro, terça-feira, a produção do Investigation Discovery (ID) terá uma duração aproximada de uma hora e contará com a participação de diversas personalidades e especialistas que analisam o estado mental do suspeito.
Apresentado e produzido por Dan Abrams, o documentário investiga as nuances do caso que chocou os Estados Unidos. Entre os especialistas que contribuem com os seus testemunhos estão a criminóloga Casey Jordan e o chefe de investigação criminal da polícia de Nova Iorque, Joseph Kenny, que tentam traçar um perfil complexo de Mangione.
A produção não se limita a relatar os factos, mas também questiona os motivos e o histórico do suspeito, utilizando testemunhos de pessoas próximas e publicações online do próprio, incluindo discussões no Reddit.
Após ter sido detido, começaram a emergir informações sobre o jovem. Quando foi apanhado, Mangione tinha consigo documentos falsificados, uma pistola com silenciador e um manifesto manuscrito de três páginas, no qual criticava o setor das seguradoras de saúde por colocar “os lucros à frente das necessidades dos pacientes”.
Além disso, soube-se que o suspeito tinha interrompido o contacto com familiares e amigos há cerca de seis meses, após uma cirurgia à coluna que resultou de um desalinhamento nas vértebras. Um amigo revelou ao “The New York Times” que Mangione lidava há vários anos com uma dor crónica que o impedia, inclusive, de ter relações sexuais.
Ainda não está claro se o crime esteve relacionado com uma experiência negativa com a seguradora UnitedHealthcare, embora muitos indícios sugiram essa possibilidade. As balas utilizadas para assassinar Brian Thompson traziam gravadas as palavras “negar”, “depor” e “defender”, referindo-se a estratégias frequentemente empregues pelas seguradoras para evitar o pagamento de indemnizações.
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