Uma jovem viajou dos Estados Unidos para a Austrália, apenas para pedir o número de telefone a Robert Irwin. A tentativa de engate foi partilhada no TikTok e, apesar da rejeição cavalheiresca, tornou-se viral.
Irwin é, claro, o jovem filho de 18 anos de Steve Irwin, o famoso Caçador de Crocodilos e encarnação real de Crocodile Dundee que morreu vítima de um acidente em 2006. O filho seguiu-lhe os passos e é, igualmente, uma personalidade televisiva que dedica o seu tempo a exibir animais exóticos. Mas não só.
A tentativa da norte-americana saiu frustrada, mas veio dar ainda mais razão a quem, por estes dias, está estupefacto a olhar para a capa da “Stellar”, revista que fez Irwin brilhar na capa, desta vez como ícone de estilo. O jovem de 18 anos deixou os calções e camisa caqui, aprumou-se e mostrou que tem mais talento além do de domar animais selvagens.
O próprio partilhou a capa com os seus mais de três milhões de seguidores no Instagram. “Bem, isto foi definitivamente diferente”, comentou.
O pai tornou-se numa das maiores figuras do mundo animal e da televisão, primeiro na sua Austrália, depois um pouco por todo o mundo. Também Steve cresceu influenciado pelo pai, rodeado de crocodilos e outros répteis. Foi ao lado da mulher, Terri, que brilhou em “The Crocodile Hunter”, um programa sobre vida selvagem e que protagonizou até à sua morte em 2006. Foi durante as filmagens de um documentário, na Austrália, que morreu vítima de um ataque de uma raia. A cauda pontiaguda do animal perfurou-lhe o peito e o ferimento foi fatal.
Muito antes de saber andar ou falar, Robert era já uma figura mundialmente conhecida. Isto depois do pai, Steve, o ter usado num dos seus desafios. Robert tinha apenas um mês quando, em janeiro de 2004, o pai o carregou ao colo para dentro de um recinto onde vivia um crocodilo com perto de quatro metros de comprimento.
Sempre com o recém-nascido na mão, Steve puxou de uma carcaça de uma galinha e alimentou o animal selvagem. A manobra gerou uma enorme controvérsia, com muitos a compararem-no a Michael Jackson, quando balançou o filho recém-nascido da janela de um hotel na Alemanha.
O escândalo obrigou o governo a tomar medidas e a implementar leis que proibissem a entrada de crianças e adultos sem treino específico em recintos fechados com crocodilos.
Robert tinha apenas três anos quando o pai morreu. A notícia foi dada pela mãe, Terri, a Robert e à irmã Bindi, então com oito anos. Apesar de ser muito jovem, a morte do pai teve um impacto forte. “Ele sentava-se na banheira a chorar e a dizer ‘Quero o papá'”, revelou a mãe em 2018.
Apesar de ter apenas 18 anos, Robert já assumiu o negócio da família. A carreira começou aos seis anos, quando fez uma aparição no filme “Free Willy: Escape from Pirate’s Cove” e, mais tarde, com a irmã numa série sobre o pai. Ao mesmo tempo, começava a aprender o negócio da família: lidar com animais selvagens. Hoje, faz praticamente tudo o que o pai fazia, domar crocodilos, manusear cobras e outros animais perigosos no Zoo da Austrália, criado pelos Irwin e hoje gerido pela mãe, Terri.
Aos poucos, começou a tornar-se numa estrela de televisão e em 2017, entrou com fulgor no mercado americano, ao aparecer no programa de Jimmy Fallon. Consigo levou uma série de animais com que confrontou o apresentador. O segmento teve tanto sucesso que Irwin se tornou num convidado regular. Desde 2017, já passou pelo programa por onze ocasiões.
Além de tudo isto, Robert Irwin é também um talentoso fotógrafo de vida selvagem. Tinha apenas 14 anos quando recebeu o segundo prémio na categoria júnior para Fotógrafo do Ano da Australian Geographic Nature, além de ser um dos fotógrafos residentes da revista do seu zoo.