O beijo de Luis Rubiales, principal dirigente da Federação Espanhola, à jogadora Jenni Hermoso minutos após a conquista do título mundial de futebol feminino pela seleção de Espanha, em agosto de 2023, deu origem a uma polémica de proporções inesperadas. Teria sido consentido? Haveria algo mais por detrás do gesto?
A jogadora negou qualquer consentimento e apontou o dedo ao presidente da Federação espanhola e a outros responsáveis da RFEF, acusando-os de coação. A história é contada em detalhe no novo documentário da Netflix que estreou esta sexta-feira, 1 de novembro.
As futebolistas espanholas reuniram-se, pela primeira vez, para reviver o conturbado Mundial Feminino de 2023 e o beijo que ofuscou a vitória. A produção conta com depoimentos de várias atletas.
“A história íntima de uma equipa que, sob a liderança de Jennifer Hermoso e Alexia Putellas, destronou a principal instituição futebolística do seu país. Esta série destaca as vencedoras do Mundial Feminino, que ficarão na história como o David que derrubou o Golias Luis Rubiales”, pode ler-se na sinopse.
Rubiales, que acabou por ser demitido do cargo, vai ser julgado em fevereiro de 2025, em Madrid, acusado de agressões sexuais à futebolista Jenni Hermoso. Pode incorrer numa pena de dois anos e meio de prisão pelos crimes de agressão sexual e coação.
Albert Luque, diretor da seleção masculina, Jorge Vilda, antigo selecionador feminino e Ruben Rivera, ex-diretor de marketing da federação vão também ser julgados por pressionarem a atleta, “para quebrarem a vontade de Jenni Hermoso e levarem a jogadora a gravar um vídeo referindo que o beijo tinha sido consentido”.
Rubiales foi afastado do futebol e punido com três anos de suspensão. O antigo dirigente disse, na altura, ser alvo de um “falso feminismo”.
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