A diversidade temática relacionada com a comunidade LGBTQIA+ tem sido uma presença constante no universo Marvel. Um exemplo claro é Deadpool, que ao longo de várias aparições sugeriu a sua bissexualidade. Esta quinta-feira, 19 de setembro, chegou à Disney+ em Portugal, “série mais gay” do estúdio — uma descrição ousada atribuída a Aubrey Plaza, uma das protagonistas, durante uma entrevista à “IndieWire”.
A nova produção segue a infame Agatha Harkness, que se encontra perdida e sem poderes, após ter recebido ajuda de um adolescente gótico, que a liberta de um feitiço distorcido. O interesse da feiticeira é despertado quando o jovem lhe pede que o conduza até à mítica Estrada das Bruxas, onde terá de enfrentar uma série de provas mágicas que, se bem-sucedidas, recompensarão o vencedor com tudo o que lhe faltava. “Agatha e este misterioso adolescente formam um clã desesperado e partem em busca do fundo da Estrada”, revela a sinopse da série.
Para os aficionados da Marvel, Agatha, interpretada por Kathryn Hahn, não é uma novidade, pois foi vilã na aclamada série “WandaVision”. O criador da nova série, Jac Schaeffer, partilhou num encontro com a imprensa, que a decisão de trazer de volta esta personagem surgiu do desejo de mostrar a sua complexidade. “Ela é muito intrincada e possui várias dimensões. Além disso, nunca se sente segura relativamente ao domínio do mundo”, afirmou.
Kathryn Hahn, com 51 anos, expressou o seu entusiasmo por revisitar este papel, assegurando que os espectadores terão a oportunidade de explorar novas facetas da sua personagem. “Em ‘WandaVision’, ela era uma performer que não demonstrava vulnerabilidade, mas isso irá mudar nesta série”, garantiu a atriz.
Leia a entrevista ao elenco de “Agatha All Along”, onde também participam Joe Locke, Aubrey Plaza e Patti LuPone, entre outros.
Joe dá vida a uma figura enigmática chamada Teen. O que o cativou neste papel?
Creio que, assim como acontece com a Agatha, a personagem possui várias camadas. Quando o conhecemos, é alguém muito diferente de quem acaba por se tornar. Ao longo da série, ele embarca numa significativa transformação.
Um dos aspetos mais divertidos da série é a música, uma área que a Patti conhece bem. Foi isso que a atraiu nesta personagem ou sempre quis interpretar uma bruxa?
A verdade é que me identifico bastante com a figura da bruxa. Sinto mesmo que sou uma bruxa siciliana. Penso que era meu destino encontrar-me aqui. Recentemente, tive a oportunidade de interpretar uma personagem que começa como uma cantora amadora e acaba por se transformar numa leitora de tarot. De repente, deparei-me nesta série com situações que também vivi no meu passado.
Aubrey, a personagem Rio é cativante devido à sua relação com Agatha, que perdura ao longo de séculos. Sem revelar pormenores, que surpresas podemos antecipar com a sua entrada na série?
Sinceramente, não posso adiantar grandes informações, e é precisamente isso que aprecio nesta produção. Qualquer revelação pode causar problemas. O que posso afirmar é que podem contar com o imprevisto e que nunca saberão o que acontece a seguir com ela, uma vez que existem diversas reviravoltas ao longo da trama. E isso é tudo o que tenciono partilhar.
Como foi a sua experiência de trabalho com a Kathryn?
Trabalhámos juntas em “Parks and Recreation” há bastante tempo, mas raramente partilhamos palco. Estava bastante entusiasmada, por ter, finalmente, a oportunidade de contracenar com ela.
Kathryn, qual foi maior desafio ao interpretar uma vilã como a Agatha Harkness?
É muito interessante. A parte da vilã é engraçada e fácil porque ela é muito performativa e acredita que todos estão abaixo dela, embora não goste de gozar com as pessoas. O verdadeiro desafio foi conseguir transmitir a sua vulnerabilidade, uma vez que ela sempre tenta ocultá-la.
Alguns dos cenários vos agradou de forma particular?
Patti: A Estrada das Bruxas. Assim que chegámos a esse cenário, muitos de nós começámos a chorar e a soluçar. No meu caso, nunca vi um local tão belo na minha vida. Era absolutamente deslumbrante.
Kathryn: Quando estávamos naquele espaço, não o deixávamos durante todo o dia, e acabou por parecer um verdadeiro convento de bruxas, pois criámos um ambiente muito unido. Estávamos sempre a rir. Acredito que quem estava do outro lado conseguia escutar as nossas gargalhadas. Foi uma experiência profundamente imersiva, pois não precisávamos de nos desconectar do mundo real. Mergulhámos completamente num universo de magia e bruxaria, o que nos ajudou imenso.
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