A polémica decisão da Netflix que proíbe a partilha de palavras-passe entre utilizadores que não vivem na mesma casa entrou em vigor há cerca de três meses, o que levou milhares de clientes a cancelarem as subscrições. Outros, arranjaram uma forma de lucrar com esta mudança vendendo contas através da dark web —a preços reduzidos.
“A pesquisa da Check Point identificou vários negócios de venda ilegal de subscrições da Netflix na dark web”, referem no site da empresa. As subscrições encontram-se à venda na rede social Telegram, por 190 rupias indianas, o equivalente a cerca de 2€. Quem comprar, consegue ter um mês de acesso à plataforma.
A empresa de cibersegurança alerta ainda que “estes canais anunciam acesso e legitimidade totais para atrair potenciais compradores” e que as contas vendidas através deste portal estão “normalmente ligadas a outros cibercrimes”.
“A maioria destas contas é obtida a partir de credenciais roubadas ou de contas violadas”, pode ler-se na investigação. Dessa forma, os cibercriminosos oferecem preços significativamente reduzidos, obtendo lucros totais sem ter quaisquer custos.
Para evitar que a sua conta na Netflix seja violada ou roubada, a empresa de cibersegurança deixa algumas recomendações aos utilizadores: usar palavras-passes longas e diversificadas, combinando letras e números; evitar utilizar dados pessoais como datas de aniversários ou nomes próprios; evitar reutilizar palavras-passe e nunca partilhar a senha com ninguém.
A Netflix decidiu terminar com o fim da partilha gratuita de palavra-passe para reforçar o número de assinantes e, consequentemente, as receitas. Desde 22 de fevereiro de 2023 quem quiser dividir a subscrição com quem mora noutra morada, tem de pagar mais 3,99€.
