A DC Comics ainda não tem um repertório tão extenso de séries e filmes inspirados no seu universo de super-heróis como a Marvel, mas para lá caminha. Nos últimos anos lançou de projetos como “The Batman” ou “Aquaman” que foram um êxito nos cinemas, e o investimento estende-se também às plataformas de streaming.
A série “The Sandman” que estreou na Netflix a 5 de agosto foi uma aposta ganha. Logo na primeira semana em que esteve disponível foi vista durante 69,5 milhões de horas, atingindo as 127,5 milhões na segunda, 77,2 milhões na terceira e 53,8 milhões na quarta.
Depois de uma publicação acidental na página de Twitter da DC Comics — onde vários utilizadores leram “o sonho continua, [“The Sandman”] retornará com novos episódios baseado nos múltiplos volumes da graphic novel de Neil Gaiman para explorar muito mais histórias de Endless” — surgiram rumores sobre o futuro da produção.
A série de dez episódios baseia-se na banda-desenhada da DC Comics com o mesmo nome, assinada por Neil Gaiman. Tom Sturridge é o protagonista principal e encarna Sandman, o mestre do mundo dos sonhos, que comanda todos os nossos medos e fantasias. O personagem acaba aprisionada durante um século e, quando se consegue libertar, é obrigado a restaurar a ordem e a eliminar o caos provocado pela sua ausência. O elenco conta ainda com nomes como Patton Oswalt, Gwendoline Christie e David Thewlis.
Para surpresa de todos, a Netflix lançou um episódio adicional da série da DC Comics a 19 de agosto. Este bónus adaptou duas histórias diferentes da banda desenhada: “A Dream of a Thousand Cats” — ou “Um Sonho de Mil Gatos”, em português — e “Calliope” e contou com a participação especial de Sandra Oh na voz de Profeta.
A narrativa também trouxe mais alguns nomes que protagonizaram a adaptação do audiolivro de “The Sandman”. James McAvoy, que na altura deu voz a Morpheus, interpreta o Homem de Cabelo de Ouro, enquanto Michael Sheen, que assumiu a voz a Lucifer, interpreta agora Paul. O próprio Gaiman, que narrou a versão sonora, encarnas as vozes de Crow e Skull Bird neste episódio.
Neil Gaiman, o autor, foi elogiado tanto pelos críticos como pelos leitores. Em 1991, tornou-se no primeiro criador de banda-desenhada a conquistar o prestigiado prémio de Melhor Conto nos World Fantasy Awards — feito nunca mais repetido. As obras de Gaiman ficaram conhecidas, entre outras coisas, por abordarem temas bastante polémicos. Numa altura em que o HIV dizimava grande parte da população LGBTQIA+, Gaiman não evitou incluir personagens homossexuais nas suas histórias. Além disso, as narrativas contavam com a participação de vários intervenientes inesperados, como William Shakespeare, Thor e Orfeu.
A Netflix recusou comentar uma eventual renovação da série, e não referiu o tweet entretanto apagado.
🚨MEU DEUS! O perfil OFICIAL da @DCComics confirmou a segunda temporada de Sandman e logo depois apagou.
Você consegue ver os prints na imagem.
SERÁ QUE É UM SONHO? pic.twitter.com/ZW0s09BMSh
— DC Comics – Universo (@UniversoDCnauta) November 2, 2022