“Magpie Murders” apresenta duas narrativas numa. A minissérie de seis episódios desafia os espectadores a resolverem dois mistérios: um em 1955 e outro na contemporaneidade, ambos em Londres. A produção estreia esta quinta-feira, 5 de setembro, no AXN White, às 22h18.
A personagem principal é Susan Ryeland, uma editora que colabora com Alan Conway, autor de vários livros sobre o detetive Atticus Pünd. Durante os preparativos para o lançamento do mais recente volume de Conway, que deveria ser o último da coleção, Susan nota que o manuscrito não está finalizado.
“À procura de uma resposta, Susan descobre também que Alan está morto e percebe que o manuscrito pode ser a resposta para a morte de Conway, podendo o assassinato descrito ser mais real do que fictício”, lê-se na sinopse.
Os guiões de todos os episódios foram igualmente elaborados por Anthony Horowitz, de 69 anos. O escritor é também um dos produtores executivos, ao lado de Jill Green, com quem casou em 1988.
A ideia para a obra surgiu há mais de 15 anos, como revelou Anthony: “Se assistirem a um episódio específico de ‘Midsomer Murders’, onde fui guionista, notarão que um dos personagens está a ler ‘Magpie Murders’”, descreve ao “Assignment X”. A narrativa é inspirada em livros como “Escrever”, de Stephen King, e “Adventures in the Screen Trade”, de William Goldman.
Além disso, ao desenvolver a figura de Alan Conway, o autor também se inspirou em escritores célebres como Arthur Conan Doyle, autor de “Sherlock”, e Ian Fleming, criador de James Bond. “Ambos sentiam que estas personagens estavam aquém deles e não se orgulhavam do que haviam criado. O Alan também é assim, não aceita conselhos de ninguém. Não me identifico com isso”, comentou Horowitz com humor.
A personagem de Susan é interpretada por Lesley Manville, que se vê totalmente refletida na figura da protagonista. “Sou uma excelente detetive. Tenho ex-namorados que ainda não compreendem como descobri que me traíam”, afirmou a atriz durante uma conferência de imprensa em 2022, aqui citada pela revista “Salon”.
Lesley também valoriza o facto de Susan ser “uma mulher independente”, que não descansa até alcançar os seus objetivos. A protagonista “não sente necessidade de justificar as suas vontades”, nem permite que os homens que a rodeiam a silenciem, interrompendo-os muitas vezes para expressar a sua opinião. “Decidiu não casar nem ter filhos. Tem um namorado, com quem se encontra quando quer, e conduz um carro desportivo e descapotável.”
A atriz britânica, de 68 anos, expressou ainda a sua gratidão pela oportunidade de atuar em “Magpie Murders”, porque “papéis assim são raros para mulheres acima dos 50”. Admite, no entanto, que a indústria do entretenimento tem dado passos positivos, embora ainda haja um longo caminho a percorrer: “Se ainda não vemos uma parte significativa da sociedade representada no ecrã, estamos a falhar.”
Atualmente, a obra é uma das mais aclamadas no género do crime e mistério, com uma avaliação perfeita de 100 por cento no agregador Rotten Tomatoes. “Aconchegante e nunca maçadora”, destaca a “Time”.
“É ideal para quem procura séries com boas reviravoltas e personagens cativantes”, sublinha, por sua vez, a “Variety”. O elenco conta ainda com Conleth Hill, Tim McMullan, Ian Lloyd Anderson e Karen Westwood.
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