A RTP1 continua a apostar na ficção portuguesa e a mais recente produção é “Vento Norte”, que estreia esta quarta-feira, 14 de abril, pelas 21 horas. Está a ser apresentado como um “romance histórico”, com bastante drama e intrigas pelo meio.
A partir de uma ideia original do argumentista João Lacerda Matos, do ator e encenador Almeno Gonçalves e do realizador João Cayatte, esta série acompanha uma família abastada de Braga. Vamos descobrindo os membros da família Mello, e dos seus empregados, com um cenário histórico de fundo.
A narrativa baseada em factos verídicos arranca em 1919, durante a Primeira República, e culmina no golpe de 1926, que instala a Ditadura Militar, que, mais tarde, se tornaria no Estado Novo de António de Oliveira Salazar. E também se estabelece esse contraste entre o período autoritário em Portugal e os loucos anos 20 pelo mundo fora.
A ideia é fazer um retrato destes anos atribulados para o nosso País, cerca de um século depois, através dos olhos de uma família privilegiada e aristocrata do Minho (e dos seus criados). O enredo promete cruzar segredos e tramas políticas com amores impossíveis e grandes paixões. A história acontece em Braga, Arcos de Valdevez, Amares ou junto do rio Cávado, entre outros locais na região.
Além de Almeno Gonçalves, o elenco vasto inclui nomes como Joana de Verona, Ana Zanatti, Rodrigo Tomás, Natália Luiza, Iris Cayatte, Sisley Dias, António Melo, Teresa Faria, Margarida Carpinteiro e Ruben Rios, entre outros, vários dos quais atores locais.
Almeno Gonçalves interpreta Afonso Mello, o patriarca da família, um homem ligado à monarquia. Fez parte do governo de João Franco como deputado em Lisboa e está associado aos principais empresários da região que fizeram a transição para o novo regime político.
Enquanto tem uma profunda admiração e cuidado com a sua região, olha com desconfiança para aquilo que se passa na capital. É assim que se torna envolvido numa conspiração que do norte do País vai levar os portugueses ao golpe que irá instaurar a Ditadura Militar.
Para ele, a participação na Grande Guerra, que levou à morte de muitos combatentes portugueses, foi um exemplo perfeito de tudo aquilo que está errado com a república. O contexto fá-lo ansiar pela mudança, mas esta personagem esconde um grande segredo.
Natália Luiza interpreta a sua mulher, Isabel Mello. Ao contrário do marido conservador, Isabel é uma mulher liberal, moderna e ligada às artes de Lisboa, onde conheceu Afonso. A vida em Braga não a realiza e sente-se oprimida pelo cenário ultra religioso que ali se vive. Por isso, raramente sai do solar onde a família habita e tem o forte apoio dos três filhos, Tomaz, Ricardo e Margarida.
Tomaz Mello tem 28 anos e acaba de voltar da guerra, para onde foi contra a vontade do pai. Regressou com sequelas e é o herdeiro da fortuna e das propriedades da família, apesar de ser um enfant terrible para Afonso. Tomaz tem uma paixão pela empregada Joana.
Rodrigo Tomás faz de Ricardo Mello. É um conservador como o pai, tem uma forte ligação à igreja e nunca gostou de estudar. Apesar disso, é mais próximo dos empregados do que dos pais. Afonso detesta que ele tenha uma paixão por um “desporto de brutos” chamado futebol.
Patrícia Pinheiro interpreta a irmã do meio, Margarida Mello. Vive em Lisboa, com uma tia que a educa com os bons valores nortenhos, mas não gosta de Braga. Tal como a mãe, é liberal e sente uma ligação à cultura urbana e artística da capital. Contudo, vai ter de voltar ao Minho após o regresso de Tomaz da guerra.
Além das figuras centrais do enredo, uma série de outras personagens da cidade de Braga vão completando a história, sejam agricultores, prostitutas, padres, pequenos burgueses ou operários.
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