Se tivesse a possibilidade de viajar no tempo, a atriz Anjli Mohindra fá-lo-ia sem pensar duas vezes. “Disse coisas das quais me arrependo, principalmente coisas humilhantes e constrangedoras. Também voltaria às minhas relações passadas e faria de tudo para funcionarem” conta ao “Screen Rant”. Se vivesse no universo de “The Lazarus Project”, estas viagens seriam uma realidade. A produção estreou esta quarta-feira, 11 de setembro, na SkyShowtime em Portugal.
A narrativa acompanha George, um homem comum que, numa manhã, descobre que está seis meses no passado. Assustado e desnorteado, começa a questionar as pessoas à sua volta, à procura de explicações sobre esta alteração temporal. Contudo, apesar da falta de respostas, recusa-se a desistir. Com o pânico a consumi-lo, acaba por se cruzar com o Projeto Lazarus, um programa criado para proteger a humanidade dos constantes apocalipses que a ameaçam.
A série, que conquistou uma impressionante pontuação de 100 por cento no Rotten Tomatoes, é uma fonte de orgulho para Paapa Essiedu, o protagonista. “Trabalhámos arduamente para criar uma série de qualidade. Muitos talentos estiveram envolvidos e estamos muito satisfeitos com a receção do público”, conta ao “Screen Rant”.
Alguns espectadores traçaram paralelos entre “The Lazarus Project” e “O Feitiço do Tempo”, filme de 1993. No entanto, o ator britânico de 34 anos defende que o formato da série é único. “Possui elementos marcantes de ficção científica, mas também explora outros géneros. Tem romance, influências de comédia e é um thriller de ação. É uma combinação de muitas coisas”, explica.
Anjli Mohindra, que dá vida à personagem Archie, sublinha que a produção se distingue pela autenticidade das suas personagens. “Parecem incrivelmente reais. São apenas indivíduos comuns que se veem confrontados com um mundo extraordinário”, afirma.
A atriz admite que, ao ler o guião, se sentiu instantaneamente atraída pelo projeto. Ao invés de se colocar na perspetiva de uma intérprete, deixou-se levar como espectadora. “Fiz uma viagem fantástica. O conceito é incrível e ajudou-nos a construir uma narrativa única”, relata.
Apesar de estar fortemente influenciada pelo género da ficção científica, Anjli, de 34 anos, acredita que a série espelha a “realidade caótica que vivemos atualmente”. “Levanta questões muito pertinentes, especialmente em tempos tão estranhos, devido a pandemias e ameaças de guerra nuclear”, acrescenta.
Por enquanto, a SkyShowtime só disponibilizou a primeira temporada de “The Lazarus Project”, que conta com oito episódios. A segunda, que também obteve uma classificação perfeita, estreou no Reino Unido a 27 de novembro do ano passado, mas ainda não há uma data de lançamento confirmada para Portugal. Paapa Essiedu descreve o novo volume como “ainda maior e mais ambicioso”, sublinhando que “expandimos ainda mais o mundo que construímos nos primeiros episódios”.
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