Quando pensamos em cuscuz pensamos em saladas com legumes salteados, num acompanhamento diferente com um toque mais oriental e numa fonte de hidratos de carbono mais saudável e segura. Mas a verdade, como explica a nutricionista Lillian Barros à NiT, é que “a composição do cuscuz é idêntica à da massa”. Muito surpreendido? Pois, nós também ficámos. Mas não desanime e não comece já a pensar numa alternativa para as marmitas saudáveis do almoço — há vantagens em consumir este produto feito à base de trigo. A autora do blogue “Santa Melancia” deu-nos três.
A versão integral faz-nos ficar sem fome durante muito tempo
Cuscuz integral, além de ser uma ótima fonte de energia, é muito rico em fibra, por ser um hidrato de carbono complexo. O que é que isto significa? Que vai ficar saciado durante mais tempo, porque o açúcar presente neste alimento vai ser disparado de forma muito mais gradual para o sangue, impedindo as quebras muito brutas de glicose (que são aquilo que nos faz ficar com fome passado muito pouco tempo, como quando comemos doces, por exemplo).
Além disso, a fibra é vantajosa para equilibrar o transito intestinal, assim como para baixar o colestrol.
Vale a pena referir que também é muito rico em minerais, que 100 gramas de cuscuz cozinhado têm 112 calorias e que este é um produto que não é isento de glúten, logo não deve ser consumido por pessoas com doença celíaca.
“Não comemos coscuz à colherada”
Apesar de ter a mesma composição que a massa, a forma de consumirmos um e outro é muito diferente. A massa é mais gulosa e geralmente acompanhada por elementos mais gordurosos, como natas e outro tipo de molhos.
“É muito versátil e permite criar pratos, que, apesar de terem poucos hidratos de carbono, são conjugados com legumes salteados e têm muito sabor”.
Podemos então dizer que comer cuscuz é, ao mesmo tempo, idêntico e muito diferente de comer uma pratada de massa: a composição é a mesma, mas a forma de consumir cada um deles é muito diferente — quando pensamos em cuscuz pensamos num prato, em registo salada, com cores e sabor, mas com uma base simples, com pouca gordura e muitos legumes salteados.
Mas, mesmo assim, é preciso de ter cuidado: “Como é mais pequenino, se lhe colocarmos muita gordura, ele absorve mais”, explica Lillian Barros. “Tudo vai depender da receita”, acrescenta.
“A forma de o confeccionar é muito simples e rápida”
Como é que se faz? Coloca o cuscuz num pirex ou numa tigela com um fio de azeite e sal. Depois, por cima, deite água a ferver. Tape e deixe descansar durante cinco a dez minutos e está pronto.
Esta é a base para fazer cuscuz. Mas existem imensas receitas diferentes e mais complexas para o conjugar com diferentes ingredientes. Nós juntámos três.
Para as conhecer, carregue na imagem acima.